Até breve...

(Um dia vou retomar...)

Eta, mineirinha...

Manhã tranquila numa cidadezinha do sul das Minas Gerais. O padre estava em frente à igreja quando viu passar uma garotinha de uns nove ou dez anos, pés descalços, franzina, subnutrida, ar angelical, conduzindo umas seis ou sete cabras. Era com esforço que a garotinha conseguia reunir as cabras e fazê-las caminhar.
O padre observava a cena e com pena da criança suada, esbaforida, foi conversar com a menina.
- Olá, minha jovem. Como é o seu nome?
- Rosineide, seu padre.
- O que é que você está fazendo com essas cabras, Rosineide?
- É pró bode cobrir elas, seu padre. Tou levando elas lá pró sítio de seu Jão.
- Me diga uma coisa, Rosineide, o sítio é meio longe... seu pai ou seu irmão não podiam fazer isso?

- Pode não, seu padre! Já fizeram... Mas num dá cria... Tem que ser um bode mesmo!

Já está! Estamos em 2011...

Um Primeiro de Janeiro em cheio! Almoçar com a família, assistir na televisão ao habitual concerto de Ano Novo transmitido de Vienna, acompanhar a tomada de posse da nova Presidente (a) do Brasil na TV Record e, mais à noite, ouvir as costumeiras palavras do PR (ou era do candidato Cavaco Silva!?)! Tudo isto e mais as milhares de «explicações» a propósito dos aumentos de preços. É interessante verificar, aliás, que nos casos em que o aumento não tem um valor absoluto muito significativo, os senhores jornalistas façam o «favor» de o apresentar em percentagem, para que não se perca o objectivo! Naturalmente que isto tem as suas repercussões. É ver a cambada de papalvos a passar entre meia a uma hora em bichas para meter combustível, de modo a pouparem - uma única vez - pouco mais de um euro, se encherem o depósito! Enfim, não somos piores nem melhores que os outros, somos diferentes! Mas, apesar de todas as medidas de austeridade que não agradam a ninguém e o pessimismo crescente «alimentado» diariamente pelos média, faço votos para que o ano de 2011 seja para todos melhor que as expectativas...