Só mesmo indivíduos com uma grande dose de «cretinice» é que se lembrariam de comparar o que não é comparável! Estou a referir-me aos «jornalistas» que inventaram o tal de «ranking» das escolas, cujo único objectivo visível é promover as escolas privadas, vá lá saber-se a troco de quê! Começo por dizer que nada tenho contra as privadas, inclusive, tenho responsabilidades numa de ensino superior politécnico! Mas, aflige-me ver a ligeireza na manipulação jornalística de números que resultam dos exames nacionais, quer do básico, quer do secundário. Como é possível fazer-se a comparação entre três escolas do básico, duas privadas e uma pública, como fez José Rodrigues dos Santos na RTP1!? Uma das privadas, tendo levado meia dúzia de dezenas de alunos a exame do 9.º ano, terá obtido a média de 4 vírgula qualquer coisa (no máximo de 5) e o tal «primeiro» lugar no «ranking». Outra, também privada, levou umas três dezenas de alunos, que obtiveram de média 4,19. Claro, ficou em «segundo» lugar! A terceira, pública, de Coimbra, levou quase duzentos alunos a exame e obteve de média 4,16. Resultado: ficou em «terceiro» lugar! Será que é possível comparar resultados quando foram obtidos, respectivamente por cerca de 60, cerca de 30 e cerca de 200 alunos!? É, quando se pretende deitar abaixo o ensino público, como parecem pretender os inventores do «ranking»...
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
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