Moçambique 2001. Inundações em redor do rio Zambeze. Portugal enviou em missão de auxílio cinco elementos do extinto Serviço Nacional de Protecção Civil e mais de duas dezenas de bombeiros ribatejanos. Já na Cidade da Beira, as dificuldades do costume em missões deste tipo, nomeadamente quanto ao transporte do pessoal e material. Neste caso, o destino era a Cidade de Marromeu, muito mais a Norte. Primeiro, embarcou-se o pessoal, ficando os botes e o material de apoio para «segundas núpcias». Seguiu em dois helicópteros da Força Aérea de Moçambique, MI 17 ou 24, de origem ucraniana. Os equipamentos viajaram, posteriormente em aviões militares sul-africanos. No fim, embarcou a equipa de coordenação e logística. O helicóptero - que se vê na foto - era tripulado por três moçambicanos e um russo ou ucraniano. O piloto era um capitão, que «fez o favor» de informar ter estado três anos em Sintra, na Academia da Força Aérea. Havia um tenente-engenheiro e um sargento «cargo-master». O co-piloto era o tal homem do Leste, com quem os moçambicanos falavam em russo. Enquanto carregavam o aparelho, com todas as imbambas possíveis e imaginárias, o co-piloto verificava o peso embarcado através da pressão que era exercida nas rodas. «Podem carregar mais... mais... mais! Ok, está bom, chega!» (tradução livre de russo...)! Bem, não seria um método muito «científico» de certificar o peso da carga, mas foi eficaz! A equipa de coordenação e logística viajou os trezentos e tal quilómetros em cima de caixas, galinhas, sacos, etc. Agora, em bom, foi o regresso! Ao fim da tarde, por cima da savana africana a 300 e tal quilómetros por hora, apenas com seis pessoas dentro do aparelho, foi uma viagem de volta à Cidade da Beira completamente inesquecível! Dois dias passados, já de madrugada, os elementos da equipa de coordenação e logística, na Cidade da Beira, receberam um telefonema de Portugal: tinha caído a ponte de Entre-os-Rios...
segunda-feira, 19 de julho de 2010
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