E se em vez de Israel fosse outro país?

Declaração de princípios: nada tenho contra as pessoas que professam a religião judaica (nem a maometana, católica, protestante, budista, etc... ou nenhuma, como eu...)! Mas, contrariamente aos que os próprios gostam de afirmar, uma coisa (salvo seja!) são os judeus, outra são os israelitas! Por que «carga-de-água» há tanta admiração pela acção terrorista de Israel contra os navios que levavam ajuda humanitária à Faixa de Gaza? Ou não tem sido esse o comportamento dos israelitas desde, pelo, menos, há 60 anos? O Estado de Israel, construído com a cumplicidade dos ingleses numa terra chamada Palestina, tem tido e continuará a ter esse comportamento, pelo menos enquanto sentir as «costas-quentes» dos Estados Unidos! Israel tem armamento nuclear e ninguém contesta... Israel afirma-se como um Estado orientado por uma religião e todos acham «normal»! Hipocrisia, isso sim...

É o fim-de-semana dos «presidentes»...

Pois, estava-se mesmo a ver! O PS decidiu apoiar Manuel Alegre como candidato a PR! Qualquer alternativa teria de contar com a «comunicação social» a «martelar» em cima. Bom, todos os PR ficaram lá 10 anos e este, pelos vistos, não vai ser excepção. Pois é, como temos, também, Fernando Nobre, agora só falta o PCP dizer quem é o candidato «de-serviço», para serem 3 para 1! O costume...

Fantochada...

A chamada «Direita Católica», através da personagem sinistra do «beato-reaccionário» João César das Neves, anda a propagar que quer um candidato presidencial que não seja o Professor Cavaco, por este ter promulgado a lei que permite os casamentos homossexuais. E quem seria o preferido? Nada mais, nada menos, que outro exemplar da «beatice-reaccionária», Bagão Félix! Grande fantochada, isso sim. Trata-se de um «fait divers» para criar uma união em torno e lançar a candidatura do Professor Cavaco, pois, a Direita é o que é, mas numa coisa tem sido muito mais inteligente que a Esquerda: nunca apresentou dois candidatos! Oh, meus senhores, vão lá à «missinha» e deixem-se mas é de tretas...

Não sei se acredite...

Diz-se que o arquitecto «esquizofrénico» do SOL, a sua «querida Felícia» e, ainda, outro exemplar do «bom jornalismo» que se faz em Portugal, estão sujeitos a pagar 400.000 euros por terem desobedecido à providência cautelar do tribunal, publicando as tais escutas ao administrador da PT. Não sei se acredite que eles vão pagar. O homem há-de fazer tudo e mais alguma coisa para se livrar da multa! Mas uma coisa é certa: se os tribunais julgassem sempre com honestidade as queixas de quem, por «dá-cá-aquela-palha» é «assassinado» na praça pública pelos «vendedores» de jornais, talvez o jornalismo deixasse de ser o lixo que actualmente é...

Uma lição de serenidade...

Assisti à entrevista feita pela «condessa da Pena» ao advogado Daniel Proença de Carvalho. Foi uma lição de serenidade, boa educação e visão. Na verdade, nunca tive grande simpatia pela personalidade. Mas, reconheço que se trata de alguém com valor. A entrevistadora bem o tentou puxar para a conversa de «chinelo», que é como ela gosta, mas Proença de Carvalho manteve a sua linha e, com toda a educação, afirmou-se não estar interessado em «jornalismo-de-paróquia». Ele, aliás já foi jornalista e candidato a dono de uma estação de televisão. O motivo da entrevista prendeu-se com a tal Projecto Farol, no qual estão envolvidos uma certa quantidade de empresários. Pode ser que haja ali uma abertura para modernizar o País, no que diz respeito ao papel dos «patrões». A «condessa da Pena», coitada, é que se limitou a ouvir, respeitosamente apesar das «investidas». É pena que não utilize esta postura com outros entrevistados...

Quem gosta de pagar portagens?

Ninguém, claro! Mas, pagamos. Temos de pagar e por muitas decisões que tomemos «a quente», do tipo «nunca-mais-vou-pelas-autoestradas», a verdade, é que continuamos a passar por lá! Vem isto a propósito das «manifestações» do pessoal da área do Grande Porto, contra o pagamento das ditas SCUT, em particular, quando começam a fazer comparações com o que se passa na área da Grande Lisboa e vem ao de cima o famoso «complexo-de-inferioridade» que se traduz no «cá-no-Norte»! Lá que não queiram pagar portagens, tudo bem, mas escusam de dizer que em Lisboa não se pagam! Qual é a auto-estrada na área da Grande Lisboa onde não não se paga? Não há, pagamos em todas! E alternativas? Óptimas, viu-se, aliás, quando a CREL esteve impedida com o deslizamento de terras! Deixem-se mas é de «tretas» e paguem como os outros, nem que sejam só 50 cêntimos! E para não ficarem chateados, lembrem-se que Portugal está em 3.º lugar no ranking da FIFA, seja lá o que isso queira dizer...

O país das «corporações»...

A ministra da Saúde veio à «praça» com uma quantidade de medidas para o seu ministério gastar menos. Uma delas, tem a ver com a indicação nas receitas feitas a computador pelos médicos nos centros de saúde e afins, de medicamentos alternativos com o preço mais baixo para o utente e, claro para o Estado. Logo, se ouve a voz do «farmácias» João Cordeiro a alcunhar a medida de ridícula! A contrapor, como não podia deixar de ser, o «chefe-da-corporação-dos-médicos», Pedro Nunes, vem dizer que apoia! Estamos, portanto, face a uma situação previsível na área das «batas brancas»: um diz que não, o outro diz imediatamente que sim! Apesar de ele negar, «cheira-me» que este súbito interesse pela matéria por parte do «farmacêutico-quase-monopolista», quase ofensivo para com a ministra, tem uma explicação: as farmácias não vão lucrar muito com a medida...

Hoje vai uma anedota, para animar a malta...

Um advogado de Lisboa vai caçar patos para o Alentejo. Dá um tiro, acerta num pato, mas o bicho cai dentro da propriedade de um lavrador.
Enquanto o advogado saltava a vedação, o lavrador chega no tractor e pergunta-lhe o que estava ele a fazer. O advogado respondeu: «Acabei de matar um pato, mas ele caiu na sua terra, e agora vou buscá-lo». O velhote responde: «Esta propriedade é privada, por isso não pode entrar».
O advogado, indignado: «Eu sou um dos melhores advogados de Portugal! Se não me deixa ir buscar o pato eu processo-o e fico-lhe com tudo o que tem!».
O lavrador sorriu e disse: «O senhor não sabe como é que funcionam as coisas no Alentejo! Nós aqui temos o Código Napoleónico! Nós resolvemos estas pequenas zangas com a Regra Alentejana dos Três Pontapés. Primeiro eu dou-lhe três pontapés; depois você dá-me três pontapés; e assim consecutivamente até um de nós desistir!»
O advogado já se estava a sentir violento há um bocado, olhou para o velho e pensou que era fácil dar-lhe uma carga de porrada. Por isso, aceitou resolver as coisas segundo o costume local.
O velho, muito lentamente, saiu do tractor e caminhou até perto do advogado. O primeiro pontapé, dado com uma galocha bem pesada, acertou directamente nas bolas do advogado, que caiu de joelhos e vomitou. O segundo pontapé quase arrancou o nariz do advogado. Quando o advogado caiu de cara, com as dores, o lavrador apontou o terceiro pontapé aos rins, o que fez com que o outro quase desistisse.
Contudo, o coração negro e vingativo do advogado falou mais forte. Ele não desistiu, levantou-se, todo ensanguentado, e disse: «Bora lá, velhote! Agora é a minha vez!».

O Alentejano sorriu e disse: «Naaaaahhhh! Eu desisto... leve lá o pato!!!»...

Lata não lhe falta, isso não...

O Professor Marcelo lá entrou na TVI, exactamente quando estava a fazer um dos meus desportos favoritos, o «zapping»! Decidi ouvi-lo. O descaramento, a lata, a coscuvilhice continuam a ser o grande dom do Professor Marcelo! Ele já sabe tudo: o PM «mente»! Nem sei para que serviu fazer a comissão de «inquisição». Bastava terem perguntado ao «sabichão» Rebelo de Sousa, que ele não se coibiria de ditar logo a «sentença»! E vai de embolsar uns milhares de euros! Grandes empregos têm estes tipos. Quem quiser que o «compre». Cá por mim, estamos conversados...

Hoje estou no «rescaldo»...

Depois de passar a manhã a ouvir umas interessantíssimas comunicações e de ter feito, também, a minha que, felizmente foi a última (a moderadora - Prof. Doutora Teresa Barata Salgueiro - não me deu nem mais um minuto...), decidi viajar de regresso depois do almoço, com um calor de «criar bicho». Saí às 14:30 (IP4, A24, A25, A17, A8, A9, A5) e cheguei às 19:00. Hoje nem notícias, nem televisão, nem blogues, nem nada... Boa noite...

(Afinal descobrimos tardiamente que a «piquena da Playboy» estaria no mesmo edifício que nós. A porta é que era outra...)

Viagem a Mirandela (não é o que estão a pensar)...

Hoje viajei até Mirandela! Não, o objectivo não foi ver a «piquena» da Playboy! Foi mais a Festa da Geografia, evento anual que reune conceituados geógrafos do país (onde, naturalmente, eu não me incluo, pois apesar de ser a minha formação, nunca «pratiquei»...). Desta vez tive tempo para apreciar um pouco mais esta cidade do interior norte. Na verdade, o que estas cidades cresceram é impressionante. Havendo a oportunidade certa, os casais de jovens das grandes áreas metropolitanas ganhariam qualidade de vida a sério se optassem por morar e trabalhar numa cidade como esta. É certo que não fica ali à mão. Sempre são uns 450 quilómetros de Lisboa, sempre por auto-estrada, com excepção dos últimos 50, a partir de Vila Real. E que falta faz a transformação do IP4 em auto-estrada, cujas obras aliás estão em curso...

O «pau-mandado»...

É uma pena, mas o novo líder do PSD cedo se revelou como uma pessoa para quem o interesse do país nada vale! É, na verdade, um «pau-mandado»! Bastou que os «grandes patriotas» lá da casa o criticassem por ter feito uma espécie de acordo com o governo, para se revelar! Uma pessoa que diz o que ele disse ontem e hoje, desde o País estar na «bacarrota», até ser «ingovernável», a não haver dinheiro para pagar aos funcionários públicos, etc., estará a fazer bem a Portugal, quando este se vê a braços com os ataques especulativos dos magnatas do dinheiro? Não parece! É isto ser um político responsável da oposição que ambiciona (lagarto, lagarto...) ser o próximo primeiro-ministro? Estamos bem arranjados, pois o PS dificilmente ganhará outra vez as eleições. Se nos calha este pela porta, vai ser lindo, vai...

Vá, «roam-se» de inveja...

Hoje, 19 horas, praia da Rata (das Moitas, para os estranhos...), água fantástica num fim de tarde excepcional! Finalmente, inaugurei a época balnear! Desde Outubro até hoje, foi um «nunca mais acaba» de esperar! Ah, pois é...

(eu não disse que ele não mandava nada! Depois da «discursata» de Miguel Relvas, ontem, a propósito de «nada», estava-se mesmo a ver: Passos Coelho é um «pau-mandado»...)

Que previsíveis estas entrevistas...

É curioso como, sem grande esforço, se consegue «adivinhar» todas as perguntas que os «perguntadores-jornalistas» fazem nas entrevistas ao PM! Basta ler ou ouvir as «coscuvelhices» e o «diz-que-disse» durante os quinze dias anteriores! Sim, porque a intenção dos senhores «jornalistas» não é contribuir para o esclarecimento dos espectadores. É sim, provocar, tentar baralhar, «jogar sujo»! Ainda para mais, sendo do canal público, são mais «papistas-que-o-papa», não vá dizer-se que são «amiguitos»! Pois, se calhar, isto é que é o conceito de «jornalismo» que os ditos aprendem nos seus cursos superiores! Se é, paciência, mas não gosto! Então, a «condessa da Pena» estava que nem podia. Ela e o PM não se podem ver, nem «pintados». Quando ele referiu que ela ganhava o suficiente para passar a pagar os tais 45% de IRS, a mulher até parecia que «deitava lume»...

(Tenho a sensação que é Miguel Relvas e não Passos Coelho que «dá as cartas» lá no PSD! Será?!)

Melhor, só mesmo o «portinhól» do PM...

O Professor Cavaco lá promulgou a lei que permite casamentos entre pessoas do mesmo sexo. Confesso que não tenho qualquer sentimento em relação a isso, ou seja, tanto me dava que fosse promulgada ou não! Escusava era de ir para a televisão dizer o que é óbvio: que não queria (a Dra. Maria e o papa, também, não...) e que o fazia porque não tinha outro remédio, já que a maioria da assembleia da república (AR) que a aprovou voltaria a aprová-la! Mas, acho piada aos «direitinhos» que dizem ser uma lei que divide a sociedade! Pois é! E o contrário, não?
Mas, hoje foi um dia de «piadas». Além do «piadista» PR, temos a moção de censura do PCP. Até parece que na AR não têm mais nada para se entreterem! Bom, se calhar não têm. Será por isso que o tal João Oliveira da comissão de «inquisição» faz sempre aquele papel do parvo que não percebe as respostas, desde que não lhe agradem, claro?
Tudo isto tem a sua graça. Melhor, mesmo melhor, em «bom», só mesmo a espécie de «língua moderna» com que o PM falou em Espanha: «portinhól»! Aquilo é que é um «alho»...

Sem palavras...

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Memórias da tropa (34): o desfile de braços caídos...

Era dia de festa em Mafra! Pelo menos para os altos comandos militares da Escola Prática de Infantaria, que tinham mais uma «fornada» de oficiais milicianos para colocar nas colónias. Todos os jovens tinham já o destino «traçado», a esmagadora maioria nos batalhões e companhias com destino ao «ultramar». Foi montada uma grande tribuna em frente ao Palácio. Sem armas, as companhias de «finalistas» formaram na avenida e ouviram-se os discursos da praxe. A certa altura, cada comandante de pelotão começou a distribuir pelos seus homens um par de passadeiras que os haveriam de distinguir como aspirantes a oficial miliciano. Em posição de sentido, recebiam o par de passadeiras, cumprimentavam o comandante de pelotão, passavam-nas para a mão esquerda e faziam continência. Chegada a sua vez, o Cadete colocou-se em sentido e recebeu o par de passadeiras. «Muitos parabéns!» disse o tenente. Retorquiu o Cadete: «Por isto, meu tenente, por favor, não brinque comigo!». O tenente que comandava o pelotão recebeu a resposta em silêncio e passou adiante. Era um oficial que se tinha revelado muito especial. Um líder que parecia compreender como ninguém a angustia daqueles jovens incorporados «à força», mesmo quando, naqueles infindáveis «passeios» pelo campo fora, os cadetes cantavam com a música do violino no telhado: «Ai, se eu fosse rico… se eu tivesse vinte contos para dar ao passador… pirava-me já para Paris… e nascia um desertor…»! Dizia-se que tinha escolhido a arma de infantaria sem hesitar, quando a maior parte dos alunos da Academia Militar procurava outras armas. Um ano depois, aquele tenente foi um dos mais jovens oficiais do quadro permanente do Exército a fazer parte do núcleo duro da Revolução de Abril. Hoje, é um dos mais antigos deputados da Assembleia da República. A festa terminou com o habitual desfile. Quando arrancou, à «boca pequena» os cadetes foram passando uns aos outros: «Ninguém levanta os braços!». E, naquele dia, um grupo de turistas japoneses de visita ao Palácio de Mafra, pôde assistir a um estranho desfile militar onde a maior parte dos braços se mantinha ao longo do corpo…

Pedir desculpa?

O líder do PSD, Passos Coelho, decidiu pedir desculpa aos portugueses por ter «acertado» com o primeiro-ministro as medidas de austeridade a implementar para fazer face à crise. Em primeiro lugar, é de saudar a aproximação de Passos Coelho ao governo, no que a esta questão diz respeito. Na verdade, enfrentar as «agências» internacionais americanas pagas pelos especuladores, que decidem sobre as boas e as más dívidas, não é tarefa fácil! Algumas dessas «agências» estão, aliás, sob suspeita das próprias autoridades dos EUA. O alvo principal, porém, não é Portugal, a Espanha ou a Irlanda. O alvo é o Euro e a economia europeia! Portugal, a Espanha e a Irlanda, entre outros, são o «elo mais fraco», logo, para onde os especuladores dirigem os primeiros «tiros»! Mas, o pedido de desculpa está nitidamente fora de prazo! A pedir desculpa, devia tê-lo feito logo que entrou para a liderança do PSD e sobre o tempo que a sua antecessora e seus «muchachos» andaram a perder, promovendo ataques pessoais e comissões de «inquisição»! Isso, sim! Isso seria um pedido de desculpas sério...

Antigo, mas sempre actual...

Ainda bem que guardei este «boneco»! veio mesmo a calhar...

Já cá faltava o «populismo barato»...

O PSD concorda que o governo aumente os impostos, mas com uma condição: diminuir os vencimentos dos políticos em 2,9%! Zás, já estava a fazer falta uma ideia de «populismo barato»! Se é só deste tipo de ideias que o PSD tem para «oferecer», bem pode ir «lamber sabão»! Claro, vão alegar que é uma medida simbólica. O problema é que não é com medidas simbólicas que lá vamos. E o tempo que andaram a perder com acusações e inquisições, contribuindo, como contribuiu a «tia Manela», o «grilo falante» e outros «imbecis», para chamar a atenção internacional pela negativa, bem podia ter sido melhor empregue na procura conjunta de soluções positivas, colocando o interesse do País à frente dos interesses partidários! Obviamente, tudo tem duas faces (mesmo uma bola, que tem a exterior e a interior...) e a este adiamento do aeroporto e da nova ponte sobre o Tejo, denuncia claramente um acordo entre o governo e o PSD, tipo, nós apoiamos, mas a contrapartida é esta. Mas, pronto, pode ser que se mude de rumo, só é pena, aparentemente ser com o aumento de impostos...

«Homenagem» ao dia: PARÁBOLA DAS PEDRAS...

Um dia, o Mestre disse a todos os apóstolos: «Cada um de vós pegai num seixo e suba comigo o Monte Sinai para fazermos o santo sacrifício!». Todos eles pegaram num seixo. Judas, porém, pegou na pedrita mais pequena que encontrou. Chegaram ao cimo do Monte Sinai completamente derreados. E Pedro disse: «Mestre, temos fome!». O Mestre respondeu: «Que os seixos que trouxésseis se transformem em pão!». Todos ficaram com um pão de quilo, excepto Judas que ficou com uma carcacita das pequenas…
No dia seguinte, o Mestre voltou a dizer a todos os apóstolos: «Cada um de vós pegai num seixo e suba comigo o Monte Sinai para fazermos o santo sacrifício!». Todos eles pegaram num seixo e Judas pegou no maior calhau que encontrou nas redondezas. Chegaram ao cimo do Monte Sinai completamente derreados e Judas muito mais. E Pedro disse: «Mestre, temos fome!». Babando-se, Judas antevia o resultado do sacrifício que fizera, quando o Mestre respondeu: «Ah, eu hoje não me esqueci das sandes. Tomem lá!» …

(dos Livros...)

Poema aos homens constipados...

Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão-de-ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sozinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.

António Lobo Antunes (Sátira aos HOMENS quando estão com gripe)

Rectificação...

Afinal, o FADO também não faltou! Tinha-me esquecido da cena do La Féria no Casino Estoril! FUTEBOL, FÁTIMA e FADO! Um mês de Maio de truz...

«Prontos»... vá lá, então, parabéns...

Agora o que vinha a calhar era uma grande noite do FADO! Pois, é! O SLB lá ganhou o campeonato de FUTEBOL, o senhor de branco do Vaticano vai a FÁTIMA, para a trilogia só falta a «canção nacional»! É o que eu digo, está um mês de Maio em «cheio», se tirarmos a crise financeira, o défice, a dívida externa, o desemprego, os «deputados-pidescos», os «jornalistas-viscosos», os ex-ministros das finanças que só agora é que descobriram «soluções», os patrões que querem «é-o-deles», as nuvens de cinza, etc. E, ainda, quase que ganhávamos o Open Estoril do ténis (que, por acaso, se realiza na Cruz Quebrada-Oeiras...)! Mas, «prontos», vá lá, parabéns ao Benfica...

Não há lá «minoritários», não...

As eleições na terra de sua magestade a rainha Elisabete n.º 2, deram uma grande salganhada. Todos pensavam que ia ser «favas contadas». Na realidade, os Conservadores (uma espécie de CDS lá do sítio...) ganharam sem maioria absoluta, os Liberais-democratas (digamos, um PSD inglês...) queriam ter tido mais, mas «temos pena» e os Trabalhistas (mal «acomparado», o PS de cá...) não ganharam, mas arrecadaram um número significativo de membros do parlamento. Como a lei de lá é diferente da de cá, o novo governo pode ser constituído de duas formas: Trabalhistas e Liberais-democratas ou Conservadores e Liberais-democratas! Sim, porque Conservadores e Trabalhistas, não é provável...
Mas uma coisa é certa: o governo tem que ter uma maioria na câmara dos comuns! Isto é, não é como em Portugal onde se admitem governos minoritários, para depois existirem «coligações negativas», como estamos a assistir! Aliás, em toda a Europa só cá é que se cai nesta armadilha...
A propósito, já percebi qual a razão pela qual o parlamento inglês tem bancos corridos em vez de cadeiras: são 650 «manfios»...

Estava a ver que não...

Era só o que faltava! Toda a gente tinha sido atingida pelas nuvens de cinza e nós não!? Com certeza, era da teimosia do PM, que não devia querer cá uma coisa que toda a Europa «civilizada» tinha: as benditas nuvens de cinza islandesas... Agora sim, já somos como toda a gente. Também temos direito a nuvens tóxicas... Afinal, estamos na Europa ou não? Está, finalmente reposta a «verdade»: Portugal também tem o seu quinhão de nuvens de cinza... Vamos ter um Maio em grande: ele é o ténis, ele é o senhor alemão de branco lá do Vaticano e agora (a cereja sobre o bolo...) as nuvens como todos os outros europeus... Ah, que bem sabe estar na união europeia...

PS - só de ver o contentamento dos «profissionais» da comunicação social, fico todo arrepiadinho...

A «justiça» no seu melhor...

O «professor-que-já-não-dá-aulas-há-uns-vinte-anos», o tal Mário Nogueira da FENPROF, não quer que a avaliação entre no concurso dos professores. É coerente. Andou a «lutar» para que os professores não fossem avaliados e agora a ministra vai de colocar como um dos pontos do concurso, exactamente a avaliação! Então, teve uma grande ideia: ir ao tribunal de Beja e interpôr uma providência cautelar para que a avaliação fosse retirada. Naturalmente, o juíz «amigo» assinou logo e «travou» uma decisão legítima do governo! Bom, se a moda pega, passa a ser fácil fazer oposição. Qualquer medida do governo, zás, sai uma providência cautelar em qualquer «obscuro» tribunal do País e o governo deixa de governar! Bonito serviço! E eis como a «bondade» de uma lei pode ser utilizada para travar tudo o que se não goste. É só preciso «acertar» num juíz »à maneira»! Não suficientemente contente com isso, o dito juíz quer multar a ministra por, ainda, não ter retirado do formulário na net o tal ponto da avaliação. Assim vai Portugal: os julgamentos são feitos na rua e nos jornais e os juizes passam a governar...

Passou-se dos «carretos»...

O deputado Ricardo Rodrigues «abarbatou» os dois pequenos gravadores dos «jornalistas» da Sábado, com que estes gravavam a «entrevista», que aquele estava a dar! Não terá gostado das perguntas e do tom dos ditos «jornalistas» que, alegadamente o provocaram até perder as estribeiras! Não devia ter feito o que fez, é certo, até porque, defendendo-se como se defendem os «jornalistas» todos uns aos outros, a «coisa» vai ser mais falada que a visita do chefe do Vaticano! Porém, acho que o fez, se calhar, para não dar um «murro-nos-cornos» dos tais da Sábado. E ainda diz uma organização internacional de «jornalistas» que em Portugal a liberdade de imprensa está ameaçada?! Os senhores «jornalistas» podem dizer e fazer tudo o que querem, ofendendo, caluniando, promovendo julgamentos «populares» de quem não gostam, e os cidadãos têm de se calar, se não é atentado à liberdade de imprensa! E depois, lá vem o «sindicato» dos ditos, mais o tal «jornalista-observador» Joaquim Vieira, qual «rei-dos-cretinos», a dizerem disparates! Neste episódio, porém, há algo que faz com que Ricardo Rodrigues «perda» a razão: ter acedido dar uma entrevista a uma revista «tablóide-proto-fascizante» como a tal de Sábado...

Lá vai a «brigada-do-reumático»...

Nove «distintos» ex-ministros das finanças! Mais um: o próprio PR, claro! Que grande preocupação que eles têm! A maior será, com certeza, quanto às reformas que auferem! Não que sejam ilegítimas, mas talvez sejam demais para quem fez tão pouco pelo País. Sim, enquanto foram ministros fizeram exactamente o quê, a bem do País? Não muito, pois se o tivessem feito não estavamos agora nesta situação. E por situação, não me refiro aos problemas financeiros decorrentes da conjuntura internacional, que são bem reais, mas às falhas estruturais que perduram há anos. Não foram responsáveis? Pois não, não foram! Na verdade, fizeram ou não aquilo que acharam por bem, quando estavam no governo. Agora estão outros. Paciência! Com que legitimidade vão fazer «queixinhas» ao PR? Mandatados por quem? Ah, e já lá faltava o «Paulinho das Feiras», que anda a fazer tudo por tudo para não ficar para trás. Não, não é preciso que sejam as «agências-ao-serviço-dos-especuladores» a colocar mal Portugal. Para isso o que cá não faltam são «Velhos do Restelo»...

É pá! Esta é «mázinha»...

Pois, temos pena! Vamos lá ver se a «montanha pariu um rato»... Não joguem o próximo para ganhar, que vão ver o que são elas...

Justo, justo, só uma derrota a cada um...

Tanta expectativa à volta do Porto-Benfica! Pelos vistos, o resultado foi o mais conveniente, pois se o Benfica ganhasse, não sei se os deixavam sair vivos do Porto... Mas, na realidade, qualquer jogo entre o Benfica e o Porto só pode ter um resultado justo: uma derrota a cada um! VIVA O SPORTING (apesar de tudo, não é...)!

VIVA o 1.º DE MAIO!

VIVA! Mas, «gaita», dois feriados seguidos ao sábado é gozar com o pessoal! E para o ano, vão calhar ao domingo. Bem fazem os ingleses, que passam todos os feridos que calham no fim-de-semana para a 2.ª feira seguinte. Pois é! O pior é que, em contrapartida, todos os que calham a meio da semana também são «encostados» ao fim-se-semana... «inglezices»...