segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Incêndios florestais e a «conversa do costume»...

É limpinho! Sempre que as condições meteorológicas, «auxiliadas» pelas mãozinhas de alguns pirómanos, pastores e outros «labregos», dificultam a extinção dos incêndios florestais, lá vêem os «sabichões» do costume com a mesma conversa! Ele são os politiqueiros; ele são os jornalistas que não fazem ideia sequer das «bacoradas» que dizem; ele são os proprietários florestais; ele são os presidentes das câmaras municipais e das «famosas» juntas de freguesia, nomeadamente os que nada fazem para prevenir e mitigar os incêndios; ele são alguns bombeiros e dirigentes de associações de bombeiros que, por vezes, mais valia estarem calados (sim, porque não pensem que os bombeiros são dirigidos e comandados todos de igual forma...); ele são os «artistas-de-televisão» ligados a organizações nacionais de bombeiros... enfim, um nunca mais acabar de «inteligentes»! Que o problema é grave e recorrente, lá isso é... que - quer queiramos ou não - havemos de ter incêndios florestais todos os anos, ninguém tenha dúvidas... mas, será que alguém tem soluções milagrosas na manga!? Não me parece! Com um número de ignições entre 300 e 500 por dia... sim, por dia... será que é possível encontrar uma solução eficiente no combate? Repare-se que, o combate é a última das fases quando tudo o resto falhou: o ordenamento da floresta, a prevenção, a vigilância, etc.! As pessoas que ouvem na televisão falar dos 20 ou 30 incêndios que, a dado momento, estão activos, dificilmente têm a percepção do empenhamento de meios necessário para enfrentar as restantes dezenas! Mais: em cada dia que passa, o descanso não compensa o cansaço acumulado! Gil Martins tem razão: não é possível garantir bons rescaldos quando o número de novos incêndios que eclodem por dia, é aquele a que se assiste...

Sem comentários:

Enviar um comentário