Os incêndios florestais e as estatísticas...

As estatísticas, já se sabe, valem o que valem! Duas pessoas, uma come um frango inteiro, a outra nada come, mas, em média, comeram meio frango cada um! Uma das «bandeiras» dos jornalistas nestes últimos dias tem sido «estatisticar» com a área ardida. Obviamente, da forma que mais lhes interessa! E, sem excepções, aos ditos jornalistas só uma coisa interessa: que «entalem» o governo! Aliás, em tudo o que é sujeito a estatísticas, umas vezes compara-se com a «homóloga», outras vezes com a do mês anterior. E quando é preciso que a estatística «diga» o que se quer, vai-se buscar os últimos 5, 10, 20 anos, etc.! O que der mais jeito, afinal! Tudo isto a propósito da comparação «honesta» com a área ardida nos anos de 2007 e 2008! Dá jeito, não é!? É que nesses anos, os «estragos» não foram muito grandes, pois as condições meteorológicas ajudaram (e não a «climáticas», como insistem em dizer o ministro e o secretário de estado da protecção civil...). Mas como dá jeito para a «encomenda», vai de gritar aos «sete-ventos» que este ano já ardeu mais do que em 2007 e 2008 juntos! Sim, e...!? Não seria melhor comparar com os anos em que as condições meteorológicas foram semelhantes, como 2003 e 2005? Pois, mas não dá jeito! Vejam lá se se preocuparam com os foguetes lançados nas festas populares nos concelhos onde decorriam os incêndios!? Se calhar têm receio de aborrecer a «padralhada» e os «servos-de-gleba» que promovem as romarias...