Noticiário da TSF às 16 horas. Fala um correspondente na Noruega sobre a procura das vacinas contra a gripe A: «num hospital, dezanove médicos desviaram vacinas e auto (?) vacinaram-se uns aos outros...». Não sei como conseguiram arranjar um automóvel que levasse os dezanove...
Agora, cerca das 17 horas, uma menina que «contracena» com o Júlio Isidro na RTP1, disse que na Feira da Gastronomia, em Santarém, havia «...comidas de todo o País, da Madeira e dos Açores...»!
O problema não é serem parvos, o problema é que trabalham em entidades que contribuem para influenciar o comportamento colectivo... Assim vai o nosso Portugal...
sábado, 31 de outubro de 2009
As bisbilhotices e as «fugas de informação»...
Vi ontem um filme que me deixou a pensar sobre os efeitos das «fugas de informação» feitas ao segredo de justiça e que levam ao «julgamento popular»... Aliás, da maneira como estão as coisas, o Estado bem poderia prescindir do pessoal dos Tribunais. Bastava que polícias e magistrados continuassem a «bufar» os segredos de justiça aos jornalistas, e pronto! O povo encarregava-se de julgar com base nas opiniões e manipulações de «factos» feitas nos jornais...
No filme, um padre contava numa homilía que uma pessoa tinha ido confessar-se: «padre, eu desconfiava que um indivíduo tinha feito algo de errado e comentei isso com várias pessoas». O padre disse-lhe: «antes de te dar a penitência, vais ao telhado da tua casa, levas uma almofada e uma faca e rasgas a almofada». A pessoa assim fez. Quando voltou ao padre, este disse-lhe: «agora, vais voltar ao telhado e recolhes todo o material espalhado e voltas a colocá-lo na almofada». Espanto da pessoa: «padre, não consigo, a almofada era de penas e elas espalharam-se pelo telhado e por todas as ruas em redor». É assim que começam os «julgamentos populares». Vamos continuar a assistir impávidos e serenos à bisbilhotice dos agentes da justiça e dos jornalistas?
No filme, um padre contava numa homilía que uma pessoa tinha ido confessar-se: «padre, eu desconfiava que um indivíduo tinha feito algo de errado e comentei isso com várias pessoas». O padre disse-lhe: «antes de te dar a penitência, vais ao telhado da tua casa, levas uma almofada e uma faca e rasgas a almofada». A pessoa assim fez. Quando voltou ao padre, este disse-lhe: «agora, vais voltar ao telhado e recolhes todo o material espalhado e voltas a colocá-lo na almofada». Espanto da pessoa: «padre, não consigo, a almofada era de penas e elas espalharam-se pelo telhado e por todas as ruas em redor». É assim que começam os «julgamentos populares». Vamos continuar a assistir impávidos e serenos à bisbilhotice dos agentes da justiça e dos jornalistas?
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Um interesse jornalístico do «caraças»...
Já tinha ouvido na TSF logo de manhã. A SIC «copiou» a ideia, aliás, como é costume entre os nossos jornais, rádios e televisões, e decidiu «comemorar» o dia da poupança «escarrapachando» os rendimentos e as aplicações financeiras dos últimos ministros das Finanças... Na verdade, limitaram-se a ir ao Tribunal Constitucional e espiolhar as declarações a que estão sujeitos os titulares de cargos públicos. Algumas declarações apresentadas são mesmo de 2001 e 2003. Nada me move a favor ou contra essas pessoas, como Teixeira dos Santos, Campos e Cunha, Bagão Félix (o «beato»), Manuela Ferreira Leite ou Miguel Cadilhe. Afinal, já tinham uma vida antes de serem ministros. Mas não me parece que o objectivo da lei, que é justa, fosse permitir que os senhores jornalistas expusessem os números desta maneira, só porque têm pouca imaginação para outras notícias... Parecem «comadres»... Sabem como se chama a isto: bisbilhotice e da mais reles...
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
E o famoso «segredo de justiça», onde está?
São preocupantes as novidades sobre a alegada corrupção que envolve o indivíduo de Aveiro e altos dirigentes de empresas públicas. Bom, na verdade, novidades, novidades, não são... Se há corrupção, como se diz que há, ela tem de aparecer, mais tarde ou mais cedo!
Aquilo que é verdadeiramente preocupante, é outra «não novidade»: os jornais e as televisões terem acesso a tudo quanto se diz nas investigações... Segredo de justiça? Não há! E se os indivíduos acusados são corruptores uns e foram corrompidos outros, o que dizer de quem passa as informações aos jornais, com o agravante de serem membros dos órgãos de investigação e da magistratura? Não são corruptos? Não contribuem para o mal estar da sociedade? Como é que se pode acreditar na justiça, quando os seus agentes agem como corruptos? Isto sem falar no facto de que provocam, imediatamente o «julgamento popular»... Por muito inocente que uma pessoa esteja, logo que julgado «na praça pública», passa a culpado sem agravo! Mas, é assim, na nossa sociedade de «bons costumes»: os jornalistas não são corruptores, são, apenas, indivíduos «do melhor que há», que têm «fontes»...
Apetecia-me terminar com um palavrão...
Aquilo que é verdadeiramente preocupante, é outra «não novidade»: os jornais e as televisões terem acesso a tudo quanto se diz nas investigações... Segredo de justiça? Não há! E se os indivíduos acusados são corruptores uns e foram corrompidos outros, o que dizer de quem passa as informações aos jornais, com o agravante de serem membros dos órgãos de investigação e da magistratura? Não são corruptos? Não contribuem para o mal estar da sociedade? Como é que se pode acreditar na justiça, quando os seus agentes agem como corruptos? Isto sem falar no facto de que provocam, imediatamente o «julgamento popular»... Por muito inocente que uma pessoa esteja, logo que julgado «na praça pública», passa a culpado sem agravo! Mas, é assim, na nossa sociedade de «bons costumes»: os jornalistas não são corruptores, são, apenas, indivíduos «do melhor que há», que têm «fontes»...
Apetecia-me terminar com um palavrão...
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Uma «caixinha de surpresas»...
Por mais que pensasse em mil nomes (o que não fiz, evidentemente...) nunca me passaria pela cabeça o nome de Vasco Franco para a secretaria de estado da protecção civil (SEPC)! Na verdade, a política é mesmo uma «caixinha de surpresas». Por mais conjecturas que se façam: «...aquele deve ficar, o outro também, pois, se ministro é o mesmo, é natural...», só se acerta com muita sorte...
Também, não é nada que não pudesse acontecer. O novo SEPC, durante muitos anos, foi vereador da câmara municipal de Lisboa, exactamente com o pelouro da protecção civil e dos bombeiros...
Curiosamente, os outros dois nomes, Conde Rodrigues (ex-presidente da CM Cartaxo) e Dalila Araújo (ex-governadora civil de Lisboa e ex-responsável na Área Metropolitana de Lisboa), são, também, pessoas ligadas às autarquias... Será que isto significa um reforço deliberado no municipalismo?
De qualquer forma, sendo o ministro o mesmo, não sei se será de esperar muitas novidades na área dos bombeiros e da protecção civil... Esperemos para ver...
Também, não é nada que não pudesse acontecer. O novo SEPC, durante muitos anos, foi vereador da câmara municipal de Lisboa, exactamente com o pelouro da protecção civil e dos bombeiros...
Curiosamente, os outros dois nomes, Conde Rodrigues (ex-presidente da CM Cartaxo) e Dalila Araújo (ex-governadora civil de Lisboa e ex-responsável na Área Metropolitana de Lisboa), são, também, pessoas ligadas às autarquias... Será que isto significa um reforço deliberado no municipalismo?
De qualquer forma, sendo o ministro o mesmo, não sei se será de esperar muitas novidades na área dos bombeiros e da protecção civil... Esperemos para ver...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Agora são os médicos...
Pois, também não querem ser vacinados... havia de ser lindo se o ministério da Saúde os tivesse posto de lado... Que assim, que assado... mas perante as vacinas, dão o «bom exemplo» à população dizendo que não. Não são todos, claro, devem ser os que querem que as coisas corram mal, para depois criticarem... Ah! E o senhor bastonário lá está, sempre com as suas posições dúbias... Se não querem, coitados, não podem ser obrigados... Não há paciência para a falta de cidadania destas corporações...
Temos Governo...
Cumpriu-se o ritual da tomada de posse e das «engraxadelas» dos altos funcionários, todos em fila a dar os parabéns... Vamos a ver o que isto vai dar... Agora, faltam os secretários de estado que são mais que muitos... Ontem, muita gente deve ter ficado à espera do tal telefonema...
domingo, 25 de outubro de 2009
Domingo cultural...
Pois, a praia já se foi, embora, com boa vontade, ainda dava para lá ir! Em compensação visitei o Farol Museu de Santa Marta, a Casa de Santa Maria (antiga residência da família Espirito Santo, comprada pela CM Cascais) e o Museu Condes de Castro Guimarães. Fica tudo no mesmo sítio, à volta da ponte de Santa Marta (dizem, a única sobre o oceano Atlântico...). Vale a pena. O museu que instalaram no farol não é muito grande, mas é digno de se ver. A Casa de Santa Maria, do famoso arquitecto Raul Lino, data de 1902, e é espectacular, apesar de estar em obras. Quanto ao Museu Condes de Castro Guimarães, só conhecia a biblioteca onde requisitava livros semanalmente quando era adolescente. A biblioteca está agora noutro lugar, também, muito bonito, e o Museu é digno de ser visitado. Ambas as casas foram construídas por iniciativa de Jorge O'Neill. Onde? Em Cascais, claro!
Para terminar, fui ver uma inciativa sobre chocolate na Cidadela, mas, sinceramente, não valeu os dois euros de entrada... Ainda por cima, era «guardada» por um grupo de «vigilantes de discoteca», daqueles que só têm «cabedal» e prosápia... Grande barrete...
Este fim-de-semana não fiz a minha habitual «ronda cultural» pelo Correio da Manhã (da manha...). Apenas vi a revista de domingo, e chegou... Lá estava, inevitavelmente, a tal Constança da TVI (grunha...) e um boçal Paulo Nogueira, a «bolsarem» sobre Saramago. Então o energúmeno é demais. Para falar do que Saramago diz sobre a religião, vai buscar o Estaline e o Fidel e mais não sei quem... Mas, também, acabo de ver o Telejornal da RTP1, que achou muito interessante ir à terra de Saramago recolher opiniões das pessoas à saída da missa... Se calhar, isto também deve ser jornalismo, e do bom... Cá para mim é mais falta de assunto. O que vale é que amanhã toma posse o Governo e poderão logo começar dizer mal...
sábado, 24 de outubro de 2009
Técnicas de extinção...
Bom, já recebi «reclamações» por abordar pouco os sectores onde sempre trabalhei: os bombeiros e a protecção civil. Não o tenho feito, é verdade, não porque não haja assunto, mas por estar em período de «repouso»...
De qualquer forma, hoje vou abordar o tema a propósito do que ontem vi no incêndio que teve lugar no centro histórico de Guimarães. As imagens mostraram - presumo que logo à chegada dos bombeiros - uma linha de mangueira de alta pressão a trabalhar em cima de um lanço de escada. Uma linha de alta pressão para a quantidade de fogo que se via, é como querer «alimentar um elefante com uma folha de alface»... «Pouco fogo, pouca água, muito fogo, muita água», é uma setença antiga, mas que tem feito pouca «escola» em muitos corpos de bombeiros. Tentar extinguir um incêndio como o que se viu na televisão com uma linha que debita 150 litros/minuto, é um erro crasso do ponto de vista técnico. No mínimo, deveriam começar por pôr a trabalho duas linhas de mangueira de 45 mm (ou DN45 = diâmetro nominal 45 mm). Claro, não foi por isto que o fogo aconteceu. Também é verdade que há várias formas de extinção, sendo uma delas quando o combustível se acaba... O que nos vale é que não há memória de um fogo ter ficado por apagar...
De qualquer forma, hoje vou abordar o tema a propósito do que ontem vi no incêndio que teve lugar no centro histórico de Guimarães. As imagens mostraram - presumo que logo à chegada dos bombeiros - uma linha de mangueira de alta pressão a trabalhar em cima de um lanço de escada. Uma linha de alta pressão para a quantidade de fogo que se via, é como querer «alimentar um elefante com uma folha de alface»... «Pouco fogo, pouca água, muito fogo, muita água», é uma setença antiga, mas que tem feito pouca «escola» em muitos corpos de bombeiros. Tentar extinguir um incêndio como o que se viu na televisão com uma linha que debita 150 litros/minuto, é um erro crasso do ponto de vista técnico. No mínimo, deveriam começar por pôr a trabalho duas linhas de mangueira de 45 mm (ou DN45 = diâmetro nominal 45 mm). Claro, não foi por isto que o fogo aconteceu. Também é verdade que há várias formas de extinção, sendo uma delas quando o combustível se acaba... O que nos vale é que não há memória de um fogo ter ficado por apagar...
Saramago VERSUS Carreira das Neves
Gostei de ver, ontem, a conversa entre Saramago e Carreira das Neves. A SIC está de parabéns pela iniciativa (às vezes também gosto de apreciar a SIC...). No entanto, aposto que Saramago só lá foi porque o debate era com alguém com o nível daquele religioso, não fanático, muito diferente dos boçais que «batem com a mão no peito» e se abespinharam com esta «polémica». A Bíblia, o Corão e a Tora, na verdade, podem ser interpretados das mais variadas maneiras. Já se sabe que foram escritos noutros tempos. A interpretação depende de quem a faz e do seu objectivo. Ainda hoje, apesar de considerar que o cristianismo actual é mais soft que o judaísmo ou o islâmismo, penso que algumas posições da igreja católica provêm da interpretação da Bíblia na forma que lhes dá jeito, como o casamento dos padres e a ordenação de mulheres. É como os judeus, ou melhor, os israelitas, que acham ser o «povo eleito» com direito a roubar a terra dos outros, só porque a Tora diz que sim. Ou os islâmicos radicais, que têm a guerra como objectivo fundamental, porque está escrito no Corão. Dizia o padre Carreira das Neves que a ciência não pode provar a existência de deus, mas também não prova o contrário. É verdade, ser crente é, antes de mais,um problema de fé na religião. Sim, na religião! Pois qualquer pessoa pode ter fé em variadíssimas outras coisas (na humanidade, na ciência, no clube desportivo, nos governantes, etc.). Ou se tem fé na religião, qualquer que ela seja, ou não. Eu não consigo ter, daí ser ateu! Saramago disse uma coisa que me ficou nos ouvidos: que antes da «criação», não se sabia o que deus tinha feito - supõe-se que nada - e que depois do «sétimo dia», nada mais se viu de jeito. Até é verdade! As guerras, as fomes, as doenças que têm assolado o mundo ao longo dos séculos e que, ainda hoje, perduram, são bem ilustrativas disso. Ou deus deixou de trabalhar definitivamente após a criação do mundo, ou simplesmente, não existe!
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Governo, já temos... E agora?
Isso é que os «politólogos», os jornalistas e outros que tal, andavam preocupados e ansiosos por não saberem quem ia para o Governo! Bom, agora já tem «duzentas mil» análises para fazer... até à exaustão... Engraçado, uma das preocupações era que estava a demorar muito. Até o Professor Marcelo, coitado, sempre pronto a ajudar, mostrou insatisfação... Depois, vieram mais análises: que foi ao «meio», uns demoraram mais a formar governo, outros menos, etc. Por acaso, lembraram-se que, após as legislativas, houve as autárquicas? E depois pergunta-se a toda a gente, nomeadamente aos que não ficaram satisfeitos. A da Educação? Pois, vamos ver... Aliás, satisfação, satisfação, só quando Mário Nogueira for a ministro! Isso é que era em bom... Na Defesa, lá veio Loureiro dos Santos dizer que era preciso alguém com experiência na área! Pois, pois, percebi-te, queriam lá um general, não era? Já lá vai o tempo... E, pasme-se, Manuel da Luz, presidente da Câmara Municipal de Portimão, do PS, queria um algarvio (lagarto, lagarto, outro?), como se isto de formar Governo fosse por distritos...
Mas, nem só do Governo «vive o Homem». Como é possível que os senhores enfermeiros que dão conselhos sobre a Gripe A, venham a público dizer que não querem tomar a vacina por não confiarem nela??? Está tudo bêbado? Olha que bem que a classe fica com estes palermas...
Ah, a «velha senhora» vai ficar até Março... a ver vamos...
Mas, nem só do Governo «vive o Homem». Como é possível que os senhores enfermeiros que dão conselhos sobre a Gripe A, venham a público dizer que não querem tomar a vacina por não confiarem nela??? Está tudo bêbado? Olha que bem que a classe fica com estes palermas...
Ah, a «velha senhora» vai ficar até Março... a ver vamos...
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Os «meninos da Luz» divertem-se muito? a sério? não sabia...
Ninguém sabia, claro, que nas escolas militares, aqui e no estrangeiro, os putos passam as «passas de Algarve» com os maus tratos dos mais velhos. Aquilo não é nada! É só para aprenderem a ser homenzinhos... Cá para mim, quem devia levar «porrada» eram os paizinhos dos meninos, que põem lá os putos que ainda não fizeram mal a ninguém (mas vão lá é para aprender...)!
O Professor Marcelo sabe-a toda...
Pois é! Vai de aproveitar os «Gatos...» para mandar recados aos conpanheiros... Não vou à reunião, porque não «aderem à minha causa»... Bem visto, grande «democrata». Bom, mas mesmo assim, acho que seria o presidente do PSD mais equilibrado nesta altura do «campeonato»...
Grandes grunhos...
Se não fosse cá por coisas, chamava-lhes «bestas»... Que linda figura vão aqueles palermas fazer para o Parlamento Europeu... Parecem parolos (são, mesmo) deslumbrados... Aquele inqualificável do deputado Mário David, que ninguém sabia quem era até «marrar» com o Saramago, e o Nuno Melo, um autentico «bimbo metido a queque», vão para lá falar do caso da Manela da TVI!? Estou a ver quem é que precisava de mudar de nacionalidade... Ah e tal, os socialistas italianos estavam a falar do Berlusconi. E depois? Isso é lá um problema deles! O que é que os dois energúmenos têm de ir buscar as coisas de cá, ainda para mais para insistir na mesma tecla?
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
«Imigrantes» do Leste...
Ontem na SIC e hoje na TSF, a notícia sobre a prisão de dois indivíduos que, alegadamente praticaram uma série de assaltos violentes em Portugal e em Espanha, foi dada identificando-os como «imigrantes do Leste». Ora, na verdade, a menos que haja indicação de que têm residência em Portugal - o que não foi dito, pelo menos na peça, pelo director da PJ - pareceu-me abusiva a maneira como classificaram os ditos meliantes. Se assim não for, isto é, se os personagens estiverem de passagem apenas para «efeitos profissionais» - o gamanço - então Clara de Sousa e a jornalista da TSF «puxaram», verdadeiramente pelo xenofobismo... Esperemos para ver...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Esta também é de «alugar cadeiras»...
Então os repórteres sem fronteiras baixaram a posição de Portugal no «ranking» da liberdade de imprensa?! Agora estamos no modesto 30.º lugar, porque descemos 14 posições. É de rir... Em Portugal a liberdade de imprensa está ameaçada! Claro que os grandes contribuidores para esta douta decisão terão sido os jornalistas portugueses, sempre tão prontos a dizer mal do País. Acham que não há liberdade de imprensa? Deve ser a tese da «asfixia democrática» que fez sucesso... Ou então, a «pobre» da Manela MG, que se viu impedida de continuar os disparates, por decisão dos donos da TVI... Aliás, a TVI voltou agora à carga com o Freeport, justamente quando José Sócrates está para apresentar o novo Governo. Coincidência? Claro! Na verdade, não lhes importa nada quem foi o corrupto. Até se não descobrirem melhor. Porque fica a dúvida, e é a dúvida que estes senhores «jornalistas» querem fazer passar. O resto não importa...
Descer de 16.º para 30.º, por falhas na liberdade de imprensa... Deixem-me rir... Apetece dizer como o outro: vão mas é trabalhar e fazer qualquer coisa de útil...
Descer de 16.º para 30.º, por falhas na liberdade de imprensa... Deixem-me rir... Apetece dizer como o outro: vão mas é trabalhar e fazer qualquer coisa de útil...
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
O que disse Saramago...
É engraçado ver as reacções às declarações que Saramago fez quando da apresentação do seu novo livro. Que assim, que «assado», que ofende, etc. Quer dizer, as pessoas que não são crentes numa religião, têm de levar todos os dias com assuntos das religiões, principalmente da católica, e quando exprimem o que pensam sobre as «vacas sagradas», é um «sacrilégio»... O que é verdade, é que durante séculos e neste momento até, a maior parte dos conflitos e guerras no Mundo tiveram e têm a sua base religiosa, esteja ela ligada à Bíblia cristã, ao Corão muçulmano ou à Tora dos judeus. Saramago tem tanto direito de interpretar aqueles livros e dizer o que pensa sobre eles, como os outros têm a «obrigação» de abrir a televisão e levar a toda a hora com o que fez ou pensa o chefe do Vaticano e «associados». Os mais críticos, porém, não se movem pelas posições ateias de Saramago. O que eles não gostam mesmo nele é o facto de se situar politicamente à esquerda e, ainda por cima, ter recebido o Nobel. E, sem querer, acabam por fazer a maior das publicidades possíveis e de borla... Temos pena...
Estou ansioso por começar a ler o novo livro de José Saramago.
Estou ansioso por começar a ler o novo livro de José Saramago.
domingo, 18 de outubro de 2009
Domingo sem história...
Cá está um domingo sem história... Ou melhor, todo o fim-de-semana...
Hoje a praia esteve muito boa, mas palpita-me que já deu o que tinha a dar. Também, estamos a meio de Outubro, não é? Agora só se for no verão de S. Martinho...
Pois é, do novo governo nada se sabe... O Professor Marcelo acaba de lançar mais «confusão» para dentro do seu partido. Não é que ele queira ser de novo o líder... Coitado, está sempre pronto a «ajudar», é o que é!
Quem ajudou imenso a «velha senhora» foi o homem do golfe, o Deus Pinheiro. Então uma pessoa tão distinta, que no Parlamento Europeu conseguiu a proeza de ser o mais faltista, ia agora «gramar» a Assembleia da República!? Ainda por cima tem um certo ar de «talassa»... Fez bem, para não fazer nada, com certeza, já lá existem outros mais novos...
Hoje a praia esteve muito boa, mas palpita-me que já deu o que tinha a dar. Também, estamos a meio de Outubro, não é? Agora só se for no verão de S. Martinho...
Pois é, do novo governo nada se sabe... O Professor Marcelo acaba de lançar mais «confusão» para dentro do seu partido. Não é que ele queira ser de novo o líder... Coitado, está sempre pronto a «ajudar», é o que é!
Quem ajudou imenso a «velha senhora» foi o homem do golfe, o Deus Pinheiro. Então uma pessoa tão distinta, que no Parlamento Europeu conseguiu a proeza de ser o mais faltista, ia agora «gramar» a Assembleia da República!? Ainda por cima tem um certo ar de «talassa»... Fez bem, para não fazer nada, com certeza, já lá existem outros mais novos...
sábado, 17 de outubro de 2009
Gostava de perceber os juízes...
Então a pena máxima em Portugal não é de 25 anos? É e poucas coisas existem piores do que matar uma pessoa, acho eu! Pois, a juíza de um tribunal condenou a 18 anos de cadeia um fulano que matou um ourives na sequência de um assalto... E mais dois anos pelo assalto... E mais 45 000 euros de indemnização à família da vítima... Vamos por partes: os euros viste-los, pois o fulano não tem onde «cair morto» e não é na cadeia que vai enriquecer (só se eles podem jogar no Euromilhões...). Logo, a família da vítima vai ter que «mandar mais postais»! Os dois anos pelo assalto, tudo bem... Agora, só 18 anos pela morte de um indivíduo na sequência de um assalto à mão armada, não se mostrando o fulano minimamente arrependido (mesmo que estivesse...), é que eu acho que é um atentado à minha inteligência... A «sô dona» juíza arranjou atenuantes onde? No facto de o tipo ter só 21 anos e ainda poder vir a fazer muitos assaltos? O que será preciso para a «sô dona» juíza dar os 25 anos? Matar uns trinta gajos de uma vez só? Infelizmente, este é apenas um caso. Muitas mais setenças são proferidas em situações idênticas, sem que se perceba bem o critério... Atenção: eu nada percebo dessas coisas da Justiça. Mas, como cidadão, gostava de perceber os juízes. O que me faz mais confusão é que estes indivíduos são omnipotentes... Que o sejam, mas que façam as coisas de modo a que todos percebam...
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Resta-nos um fim-de-semana calmo...
Tirando o SOL que, como sempre, «já sabe» como é que vai ser o novo governo, está tudo na expectativa. Entretanto, o lider da bancada do BE já começou a «rosnar»... E no PSD, o tal Branco avança, alegadamente sem o conhecimento da «chefe»...
Quem serão os «desgraçados» que vão para o governo? Se calhar vão ter de aceitar por se andarem a portar mal...
Conclusão: vai ser um fim-de-semana calmo, com sol e praia, excepto para os jornais que vão andar a «farejar»...
Quem serão os «desgraçados» que vão para o governo? Se calhar vão ter de aceitar por se andarem a portar mal...
Conclusão: vai ser um fim-de-semana calmo, com sol e praia, excepto para os jornais que vão andar a «farejar»...
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Ninguém estava à espera...
O primeiro-ministro não conseguiu fazer acordos, alianças ou coligações com os outros quatro partidos... É pá, não estava nada à espera! Obviamente que, em Portugal, não existe uma tradição de coligações, como acontece no resto da Europa (excepto, claro, quando a direita as pode fazer). O que não é de estranhar, pois, nas campanhas eleitorais as posições extremam-se de tal maneira, que seria uma grande pouca vergonha se agora ficassem todos amiguitos. Pois é! O pior é que, assim, o País vai andar a «coxear». O País e todos nós... Vai ser uma legislatura animada, lá isso vai... Entretanto, pode ser que a «velha senhora» e a sua trupe sejam corridas e que apareçam pessoas mais sensatas, capazes de pôr o interesse de todos à frente do interesse do partido...
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
E acham eles que são os maiores...
As pessoas que regulam a comunicação social vieram dizer que a suspensão do «Jornal da Manela» foi contra a lei, pois a administração da TVI ou lá dos patrões espanhóis, não tinha autoridade para o fazer, de acordo com as leis da comunicação social. Pois é! Olhem para eles ralados à brava! Meus amigos, acordem! Heeeeello! Quem manda na «massa» não quer saber dessas coisas... Quando não lhes agradam, ou despedem ou mandam a direcção despedir... Assim, já se «cumpre a lei». E se o director não o fizer, é o próximo a «ir com os porcos». Agora a Manelinha MG diz que quer ter, novamente o Jornal de 6.ª... A mulher está mesmo parva...
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Memórias da tropa (13): os panfletos
Um dos «prémios» que a tropa dava aos oficiais milicianos que, por má classificação no curso, ficavam posicionados no 4.º pelotão das companhias mobilizadas para a guerra colonial, era terem de frequentar, durante seis semanas, em Tancos, o curso de minas e armadilhas. Assim, se morressem ao «tratar» de uma mina ou de uma armadilha, do mal o menos.
Naquela noite, após uma sessão de cinema, os aspirantes instruendos do curso voltavam aos alojamentos através de um estreito caminho com cerca de dois quilómetros, que separava as duas instalações militares. O caminho não tinha qualquer iluminação e muitos deles faziam-se acompanhar de pequenas lanternas a pilhas . O Aspirante tinha escolhido aquela ocasião para distribuir os panfletos contra a guerra colonial que tinha na sua posse pelos arbustos que ladeavam o carreiro, de modo a que, pela manhã, no regresso às aulas, os instruendos dessem por deles. Para isso, foi ficando para trás e parou, fingindo estar a urinar. Logo que os companheiros ficaram mais afastados, tirou os panfletos dos bolsos e começou a colocá-los bem visíveis nos arbustos. De repente, ouviu uma voz atrás de si: O que é isso, pá! Era um dos aspirantes que vinha mais atrasado. Assustado, o Aspirante mostrou um panfleto que iluminou com a lanterna. Ao ver do que se tratava, o outro retorquiu: Eu ajudo-te! E o Aspirante, respirando de alívio, pôde completar a tarefa com sucesso... De manhã, os militares ao lerem o que estava escrito, interrogavam-se como tinha aquilo vindo ali parar. Estavamos no início do verão de 1973...
Naquela noite, após uma sessão de cinema, os aspirantes instruendos do curso voltavam aos alojamentos através de um estreito caminho com cerca de dois quilómetros, que separava as duas instalações militares. O caminho não tinha qualquer iluminação e muitos deles faziam-se acompanhar de pequenas lanternas a pilhas . O Aspirante tinha escolhido aquela ocasião para distribuir os panfletos contra a guerra colonial que tinha na sua posse pelos arbustos que ladeavam o carreiro, de modo a que, pela manhã, no regresso às aulas, os instruendos dessem por deles. Para isso, foi ficando para trás e parou, fingindo estar a urinar. Logo que os companheiros ficaram mais afastados, tirou os panfletos dos bolsos e começou a colocá-los bem visíveis nos arbustos. De repente, ouviu uma voz atrás de si: O que é isso, pá! Era um dos aspirantes que vinha mais atrasado. Assustado, o Aspirante mostrou um panfleto que iluminou com a lanterna. Ao ver do que se tratava, o outro retorquiu: Eu ajudo-te! E o Aspirante, respirando de alívio, pôde completar a tarefa com sucesso... De manhã, os militares ao lerem o que estava escrito, interrogavam-se como tinha aquilo vindo ali parar. Estavamos no início do verão de 1973...
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Afinal, temos primeiro-ministro...
Agora é que era de ouvir os «politólogos» que estavam muito entusiasmados com a «ideia peregrina» que o PR não iria convidar José Sócrates a formar Governo... Um deles, principalmente deve estar muito aborrecido. Refiro-me ao «sabe-tudo» Nuno Rogeiro, que na SIC Notícias fartou-se de dar cambalhotas após a infeliz intervenção de Cavaco Silva sobre as «escutas» (se é que foi sobre isso, pois não se percebeu muito bem...).
Houve, ainda, uns senhores que diziam que «outro galo cantaria» se o PR tivesse dito o que disse antes das legislativas. Pois, pois! Aliás, o resultado está à vista com a substancial diminuição de câmaras municipais ganhas pelo PSD, em contraponto às que o PS ganhou... Bom, algumas foi mesmo com a ajuda de quem habitualmente vota no PSD, pois, este em Beja passar de 17% em 2005 para 5% em 2009, significa que os eleitores do PSD votaram no candidato do PS só para derrotar a CDU. Outra questão interessante nestas eleições é a reivindicação da «velha senhora» de que continuam a ter o maior número de presidências de câmaras municipais. É verdade, sim, mas à custa das coligações que faz com quem quer que seja... Se acham que são tão bons, por que razão não concorrem sózinhos? É o concorres!
Houve, ainda, uns senhores que diziam que «outro galo cantaria» se o PR tivesse dito o que disse antes das legislativas. Pois, pois! Aliás, o resultado está à vista com a substancial diminuição de câmaras municipais ganhas pelo PSD, em contraponto às que o PS ganhou... Bom, algumas foi mesmo com a ajuda de quem habitualmente vota no PSD, pois, este em Beja passar de 17% em 2005 para 5% em 2009, significa que os eleitores do PSD votaram no candidato do PS só para derrotar a CDU. Outra questão interessante nestas eleições é a reivindicação da «velha senhora» de que continuam a ter o maior número de presidências de câmaras municipais. É verdade, sim, mas à custa das coligações que faz com quem quer que seja... Se acham que são tão bons, por que razão não concorrem sózinhos? É o concorres!
domingo, 11 de outubro de 2009
O que valeu foi o belo dia de praia...
Mais um rico dia de praia. A água fantástica e o solzinho ameno, para o quente.
Obviamente fui votar. Aqui no Concelho de Cascais ficou tudo na mesma. António Capucho mais os CDS's somam 7 mandatos, o PS só 3 e a CDU o solitário do costume. O PS tinha avançado com Leonor Coutinho, que é/era membro da Assembleia Municipal de Mafra e parece que vota em Lisboa. Ia «atrelada» ao secretário-geral da UGT, João Proença, que mora cá. Claro está, era para perder. Capucho tem, acima de tudo, à partida, a grande vantagem de ser uma pessoa da terra. Quem o quisesse enfrentar só com um munícipe de «peso»... Mas, apesar disso, a «coligaçãozinha» manteve-se, não fosse «o diabo tecê-las»... Ah, pois é!
Obviamente fui votar. Aqui no Concelho de Cascais ficou tudo na mesma. António Capucho mais os CDS's somam 7 mandatos, o PS só 3 e a CDU o solitário do costume. O PS tinha avançado com Leonor Coutinho, que é/era membro da Assembleia Municipal de Mafra e parece que vota em Lisboa. Ia «atrelada» ao secretário-geral da UGT, João Proença, que mora cá. Claro está, era para perder. Capucho tem, acima de tudo, à partida, a grande vantagem de ser uma pessoa da terra. Quem o quisesse enfrentar só com um munícipe de «peso»... Mas, apesar disso, a «coligaçãozinha» manteve-se, não fosse «o diabo tecê-las»... Ah, pois é!
sábado, 10 de outubro de 2009
E agora, faço o quê com isto?
Obama ganhou o Prémio Nobel. E a candidatura teve de entrar até doze dias após ter tomado posse. Bom, se calhar não havia outro com «estaleca» para receber o prémio... Acho, porém, que é um prémio um pouco «envenenado». Agora, vai ter que dar o «litro», nomeadamente quanto aos conflitos em que os EUA participam ou apoiam. Conseguirá Obama alterar as atitudes belicistas dos lobbys politico-militares americanos? Espero bem que sim, embora tenha grandes dúvidas... Acho que nem com dez Obamas a coisa «lá vai»...
(Ah, a praia hoje estava um espectáculo. Nem parecia Outubro. E amanhã parece que vai ficar, ainda, melhor...)
(Ah, a praia hoje estava um espectáculo. Nem parecia Outubro. E amanhã parece que vai ficar, ainda, melhor...)
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
VIVA EL CHE...
Passam hoje 42 anos sobre o dia em que Ernesto Guevara de la Sierna (Che) foi executado por um militar boliviano, por ordem de um agente da americana CIA. Fora capturado no dia anterior e estava gravemente ferido. Tinha 39 anos. Che Guevara, médico-guerrilheiro, argentino de nascimento e internacionalista de coração será, possivelmente a figura incontornável do Século XX que mais desperta simpatias e ódios. Em 2000, estive de férias em Cuba e decidi visitar o mausoléu que tinha sido recentemente inaugurado em homenagem aos guerrilheiros da Sierra Maestra. Aluguei um Suzuki Vitara e, acompanhado pela minha mulher, percorremos sózinhos os mais de 200 quilómetros que vão de Varadero a Santa Clara usando um pequeno mapa turístico. Logo à saída enganei-me no caminho e andei por estradas secundárias no meio de fazendas de cana do açucar até encontrar a principal, por onde já tinha passado. Tinha dado uma volta e, sem querer, voltei quase ao ponto de partida. Valeu-me uma patrulha da polícia que estava a descansar sob uma árvore (não nos podemos esquecer que eles são, também, latino-americanos...). Pararam o trânsito para eu fazer inversão de marcha e deram-me indicações mais precisas. Quando, finalmente, ao fim de algumas horas, entrei em Santa Clara, segui em frente por não saber onde era o monumento. Fui direito a ele. Grande, mas sóbrio, com uma fonte luminosa que, na altura, estava parada (o tubero foi almoçar, disse-me o polícia...), tinha (tem) um núcleo museológico com os pertences do Che, um local de venda de livros e postais (mas nada de recuerdos como os que se vendem em todo o mundo...) e a sala iluminada por uma chama permanente, onde repousam os restos mortais de Che, Camilo Cienfuegos e outros companheiros da guerrilha. Obviamente, sendo um mausoléu, não era permitido tirar fotografias no seu interior. Confesso que me impressionou. Não era, apenas, a história de Cuba, mas uma parte da história da Humanidade na segunda metade do Século XX.
Hoje, estamos numa época em que os «ideais» de Che Guevara se vão «diluindo». Mas, o Mundo dá muitas voltas e está bem longe de ser uma Suécia ou uma Noruega (pelo menos como julgamos que a Suécia e a Noruega são...). Ao longo de toda a História, têm sido as questões sociais as que mais contribuem para o aparecimento de ideais mais radicalizados. E o capitalismo, nomeadamente o neo-liberal, pela sua própria natureza, dificilmente vai conseguir suster o descontentamento dos «descamisados». Mas, o Mundo ainda está aí para dar muitas voltas...
VIVA EL CHE...
Hoje, estamos numa época em que os «ideais» de Che Guevara se vão «diluindo». Mas, o Mundo dá muitas voltas e está bem longe de ser uma Suécia ou uma Noruega (pelo menos como julgamos que a Suécia e a Noruega são...). Ao longo de toda a História, têm sido as questões sociais as que mais contribuem para o aparecimento de ideais mais radicalizados. E o capitalismo, nomeadamente o neo-liberal, pela sua própria natureza, dificilmente vai conseguir suster o descontentamento dos «descamisados». Mas, o Mundo ainda está aí para dar muitas voltas...
VIVA EL CHE...
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
A «velha senhora» está a «passar-se»...
Bom. Julgava que a mulher era só desactualizada e um bocadinho parva... Mas não! É má, é vingativa, tem mau perder... Olha o que nos calhava na rifa, hem!? Então já está a mandar vir com o, eventual primeiro-ministro sem este ter sido, ainda, convidado a formar governo? E diz logo que não aceita o programa e orçamento, que não faz nada para que o País tenha estabilidade e um governo! A «velha senhora» precisa mesmo de substituição. Será que no PSD não há alguém com «dois dedos de testa» que ponha cobro a esta «grunhice»?
Quem está muito incomodado com a história da substituição é o «grilo falante», aliás o «pinguim deslumbrado», segundo um blogue que li, onde se diz que é por este nome que Paulo Rangel é conhecido no PSD. Fica-lhe a matar... O que ele quer é substituir a «velha senhora», mas a seu tempo. É mais novo, é certo, mas é mais do mesmo...
Não tarda nada estão ao nível do tarado da Madeira...
Quem está muito incomodado com a história da substituição é o «grilo falante», aliás o «pinguim deslumbrado», segundo um blogue que li, onde se diz que é por este nome que Paulo Rangel é conhecido no PSD. Fica-lhe a matar... O que ele quer é substituir a «velha senhora», mas a seu tempo. É mais novo, é certo, mas é mais do mesmo...
Não tarda nada estão ao nível do tarado da Madeira...
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
O que faz ser sincero...
Carvalho da Silva, ontem, talvez tenho sido ingénuo (embora a este nível a ingenuidade seja mais aparente que real...). Mas, certamente foi sincero. Por quê? Porque, não é preciso ser muito letrado para perceber que Lisboa vai ter como presidente da Câmara um dos dois: António Costa ou Santana Lopes. Claro, há outros «concorrentes», mas mesmo os próprios sabem que não vão ultrapassar em votos os candidatos «principais». Na verdade, Carvalho da Silva não disse que votava em António Costa. Tão pouco disse que lhe daria qualquer apoio. Mas a comunicação social logo se apressou a dizer aquilo que Carvalho da Silva não disse. Principalmente esse «bom» exemplo de jornalismo tipo «sem-medos-dizer-aquilo-que-favorece-os-interesses-políticos-que-o-patrão-mais-gosta». Quem, a SIC, obviamente! Cada vez menos «independente» e mais descaradamente comprometida...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Memórias da tropa (12): o Fernando...
O Fernando era um miúdo de 10 ou 11 anos, conhecido de toda a Companhia por ser muito vivaço e falador. Na bicha diária para recolher as sobras das travessas do refeitório dos soldados, era sempre o primeiro a apresentar-se com a sua lata de fiambre vazia. Em Dezembro de 1974, a Companhia ida ser substituída no Colonato, apenas, por um pelotão de militares que, com excepção do alferes, eram todos originários dos Açores. Na véspera da partida, o Alferes ficou encarregado de verificar as condições de transição da messe de oficiais que, em vez de seis, passava a ter somente um. O novo alferes tinha destacado como ordenança um soldado da ilha de S. Miguel, que falava com o sotaque micaelense mais cerrado que se possa imaginar. Junto à messe, o Alferes encontrou o micaelense a «enxotar» o Fernando com um pau, ao mesmo tempo que lhe chamava uma série de nomes feios. O que se passa? perguntou, enquanto o Fernando, insistente, se reaproximava dos dois. Meu alferes, este puto não me larga, por força que quer ajudar-me, mas eu não preciso de ajuda! retorquiu o soldado na sua pronúncia cerrada, olhando furioso para o miúdo. Repentinamente, com ar sargaz, o Fernando diz muito depressa na sua forma de falar angolana: Ó pá, fala português pr'á gente te perceber...
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
VIVA A REPÚBLICA!
O tempo continuou a não dar para a praia. Que melhor forma para comemorar os 99 anos da República do que ir visitar o Museu da Presidência no Palácio de Belém? Afinal, havia festa e tudo. Ele eram as bandas da Marinha, Exército, Força Aérea e GNR... Vários artistas durante todo o dia, visita ao Museu e ao interior do Palácio, com direito a passar pelo gabinete do PR (não, claro, ele não estava...). Uma manhã bem passada, principalmente no Museu que tem um acervo de objectos e filmes de época espectaculares. Foi inaugurado há cinco anos e, segundo ouvi, já lá passaram algumas centenas de milhares de pessoas. Queria ver o render da Guarda, mas acabei por me atrasar. Mas, também, a essa hora já lá estava o inquilino e, sinceramente não queria que ele pensasse que eu estava lá de propósito para o ver... Bom, mas hoje é festa e, quer gostemos, quer não, o PR é quem é. No entanto, sempre direi que uma das partes mais interessantes do Museu é, sem dúvida, o conjunto dos retratos dos 17 presidentes da República desde 1910. Já lá têm um espaço para o 18.º. Espero que seja colocada já daqui a dois anos...
VIVA A REPÚBLICA...
domingo, 4 de outubro de 2009
Domingo cultural...
Não dava para a praia e aproveitei para ir espreitar a Casa das Histórias Paula Rego... Bom, não é que eu seja muito versado em pintura e, quem quer começar a perceber da «coisa», não o deverá fazer através da obra desta pintora de renome mundial. No entanto, reconheço que, sendo uma obra de que não se gosta à primeira, esta última fase é bastante forte. Paula Rego tem uma maneira muito especial de colocar em tela aquilo que sente em relação à sociedade. E a casa está muito bem enquadrada junto ao Museu do Mar, ao Parque da Gandarinha, à Cidadela, ao Centro Cultural de Cascais, ao Farol-Museu de Santa Marta, ao Museu Condes de Castro Guimarães e, futuramente, à Casa Sommer. É uma benfeitoria muito relevante para Cascais. Por favor, não deixem de visitar esta Casa das Histórias. Cascais merece...
Agora à noite, estive a ver a Grande Reportagem sobre os 10 anos da morte de Amália. A SIC quando quer sabe fazer as coisas...
Agora à noite, estive a ver a Grande Reportagem sobre os 10 anos da morte de Amália. A SIC quando quer sabe fazer as coisas...
sábado, 3 de outubro de 2009
SIC - Sem Interferências do Contraditório
Como está na «ordem do dia» o jornal da SIC abordou o problema da vulnerabilidade ou não dos sistemas informáticos, chamando à colecção uma notícia do amigo Expresso, claro. Neste caso, a reportagem esteve muito bem, a cargo do tal especialista em informática. Já se sabe que «piratas» informáticos há muitos e que os sistemas podem ser violados até certo ponto, por maior segurança que tenham. Houve, inclusivé, a preocupação de ouvir o dirigente do organismo do Estado que tem a responsabilidade sobre o sistema do Governo. Logo a seguir, porém, foram buscar um velho tema, que tem a ver com o sistema informático dos Tribunais. Que os juízes e magistrados acham «não sei o quê», que as sentenças podem ser alteradas, etc. Quem falou? Obviamente aquele indivíduo que faz de sindicalista dos juízes e que ninguém conseguiu, até hoje, ouvir dizer bem de qualquer coisa que fosse e uma juíza do tribunal de menores de Lisboa, que ninguém sabe quem é. Ah! Não podia faltar, também, a procuradora Maria José Morgado (que se recusa a usar o sistema...), a tal que é muito competente, mas que, até à data, não apanhou qualquer corrupto. E o contraditório? E dar a conhecer aos telespectadores o que tem a dizer sobre o assunto o ministério da Justiça? Não vale a pena! O contraditório nas notícias, só quando atinge os «nossos objectivos»! É a SIC, meus senhores, Sem Interferêncas do Contraditório...
Nota: Hoje a praia estava um espectáculo. Sólinho muito bom e um mar, encarpelado, é certo, mas à temperatura ideal... Amanhã não vamos ter esta sorte...
Nota: Hoje a praia estava um espectáculo. Sólinho muito bom e um mar, encarpelado, é certo, mas à temperatura ideal... Amanhã não vamos ter esta sorte...
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Mas que dia tão parvo...
Esta sexta-feira está a custar a passar (só esta?)... Não acontece nada. Os chefes dos partidos vão a Belém e não dizem nada. O PR também é melhor nada dizer, que ficámos um bocadinho fartos de não perceber o que ele quer... À campanha para as autarquias ninguém passa «cartuxo». Que seca!
Se o «S. Pedro» for um «gajo porreiro», amanhã é dia de praia e ainda temos mais dois dias. Que rico fim-de-semana, se não chover... Se chover, cliquem na imagem e entretenham-se a descobrir quem são os personagens da foto...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Memórias da tropa (11): o dilagrama
A coluna tinha mais de 60 militares, entre eles dois alferes, e uma dezena de veículos Unimog 411 e 413 (o «burro do mato», como era conhecido...). Desde madrugada que tentavam progredir por uma «estrada» cheia de irregularidades devido às chuvas intensas. Ao subir uma colina, as rodas do lado direito de um dos veículos da rectaguarda resvalou para o enorme sulco aberto pelas águas e o «411» tombou de lado. Mal se aperceberam do perigo, os militares saltaram conforme puderam. A coluna parou para ver os estragos e resolver a situação. Subitamente, chamaram pelo Alferes que seguia nos veículos da frente. Na queda, um dilagrama tinha ficado danificado e em perigo de rebentar. O dilagrama era um dispositivo metálico aplicado no cano da espingarda G3 que disparava, com recurso a bala especial, uma granada de mão defensiva (que ao rebentar espalhava estilhaços metálicos). Para resultar, a cavilha de segurança da granada era retirada quando esta era colocada no dilagrama. Meu alferes, a granada do dilagrama pode saltar a qualquer momento, disse um dos militares. O Alferes meio apático de cansaço e furioso por mais aquele contratempo, dirigiu-se ao local onde jazia a espingarda com o dilagrama. Os restantes militares afastaram-se para uma distância segura, mas não tão longe que pudessem perder «pitada». O Alferes chamou o soldado-mecânico: Dá-me um pedaço de arame que tenhas na caixa da ferramenta. O soldado assim fez. Com o pedaço de arame na mão, o Alferes aproximou-se da espingarda, enquanto o pessoal procurava resguardar-se ainda mais. Rapidamente, pegou no dilagrama e enfiou o arame na granada de modo a servir de cavilha de segurança. Pronto, já está, agora vamos lá tratar mas é do carro. Aos poucos e poucos, os militares lá foram saindo dos seus abrigos improvisados para ver a «obra».
Inconsciência? «Cacimbo» a mais na cabeça? Nada disso. Afinal, na Companhia, o Alferes era o oficial especialista em minas e armadilhas...
Inconsciência? «Cacimbo» a mais na cabeça? Nada disso. Afinal, na Companhia, o Alferes era o oficial especialista em minas e armadilhas...
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