Memórias da tropa (29): o atropelamento...

Último fim-de-semana de Fevereiro. O Alferes tinha acabado de chegar da «metrópole», após um período de 35 dias de férias. Como tinha sido o único a gozar dois períodos de férias em Portugal, os restantes oficiais «elegeram-no» oficial-de-dia durante todos os sábados e domingos que restavam até ao regresso. Nada fazia prever que a noite de sábado fugisse da rotina. O habitual baile na «sociedade» ao lado da messe estava ao rubro. Grande parte do pessoal militar tinha ido ao cinema nas Mabubas. O Alferes aproveitou para escrever à família. Pouco passava da meia-noite, quando ouviu chegar os camiões Berliet que traziam o pessoal. Subitamente, o furriel mecânico, muito ofegante, entrou no seu quarto: «Alferes, temos um problema grave. Uma das Berliet atropelou um indivíduo na recta junto às sanzalas. Ele estava agachado de costas junto à berma da estrada com uma garrafa de cerveja na mão. Assustou-se com o barulho do motor e caiu para trás. Ainda parámos, mas as pessoas viraram-se contra nós. Tivemos de fugir…». Pergunta o Alferes: «Morreu?». Diz o outro: «Acho que sim. Já avisei a OPVCA para lá ir com a ambulância…». O Alferes pensou um minuto e disse: «Bom. Temos de lá ir também. Prepara duas Berliet com pessoal não envolvido no acidente. Avisa o comando do batalhão e chama o pessoal do MPLA e da FNLA para irem connosco ao local!». Com dois camiões cheios de tropa e de guerrilheiros do MPLA e do FNLA, o Alferes seguiu para a recta das sanzalas a poucos quilómetros da Vila. Na cabina do camião da frente, além do condutor, seguiam o Alferes e dois guerrilheiros chefes dos grupos. Já próximo das sanzalas, as Berliet reduziram a velocidade e com as luzes no máximo foi possível ver um cenário assustador. Alguns populares procuravam colocar o corpo na ambulância (uma Renault 4L…), outros não deixavam e na contenda, o morto caia para o chão. Ao verem os camiões, a população invadiu a estrada com ar ameaçador. A tropa e os guerrilheiros apontaram as armas aos populares. Ao mesmo tempo, os do MPLA e da FNLA gritavam com as pessoas no dialecto tradicional. O Alferes e os dois chefes da guerrilha saíram da cabina do camião para tentar chegar junto do corpo e da ambulância. Imediatamente, um popular já de idade foi direito ao Alferes e empurrou-o com toda a força, fazendo com que batesse com a cabeça no camião. De repente, ouviu-se uma sirene. Atrás dos dois camiões surge um automóvel Volkswagen que transportava o tenente-coronel comandante do batalhão e mais seis camiões Impala carregados de tropa. A multidão recuou. Foi possível, então, falar com os representantes da população, já mais calma, e proceder ao transporte do morto, que era professor na escola primária. Consequência: além do susto o Alferes teve de ouvir um raspanete do comandante do batalhão por ter avançado para o local sem esperar pelos reforços...

Bolas! Então agora é todos os sábados?

Desta vez foi no Chile. Um país que já passou por tanta coisa e, agora, um sismo de magnitude 8.8... Vamos ver quais os efeitos de mais esta terrível «sacudidela» da natureza. É verdade que não há tanta concentração de pessoas como no Haiti, mas a vulnerabilidade está lá. Um abraço ao povo de Chile!
Por cá, temos a meteorologia a querer fazer das suas, também, com os seus «famosos» fenómenos extremos... E o bom tempo? Qu'é dele? É pá, já chega de chuva, não? Já temos água para uns cinco anos ou mais... agora um sólinho (do natural, claro, não é o do imbecil do arquitecto esquizofrénico...) é que vinha a matar! Será que a culpa não é, também, do Sócrates!?

Assim, é fácil...

Nada mais fácil, afinal! No despacho do PGR que veio a «lume», relata-se uma conversa entre dois «escutados» onde se dizia que o primeiro-ministro nada sabia do negócio PT/PRISA... Conclusão dos «sabichões»: terá sido dito de propósito, porque se calhar sabiam que estavam sob escuta... Não há hipótese! Isto é um País com uma imaginação do «camandro»! Só é pena que não a usem para coisas realmente úteis...

No mínimo, droga-se...

A «velha senhora» - a quem «carinhosamente» os estudantes chamavam «A Vaca» (salvo seja!) quando era ministra da Educação - passou-se de vez! No mínimo, anda a fumar cigarros «que fazem rir»... Então uma pessoa destas, diz o mesmo sobre Portugal e a Grécia, tal como o espanhol disse lá na Europa e ainda insiste em achar que fez muito bem? É certo que está quase na «reforma», mas daí até não «fechar bem a mala» vai uma grande distância! Ou, não! Mulher azeda, má, inqualificável, trapalhona, cretina! Uma autêntica «filha» da antiga «Acção Nacional Popular» do «Estado Novo»! Aliás, ela e a maior parte dos seus seguidores, diga-se de passagem, que acham que o 25 Abril só veio «atrapalhar-lhes» as vidinhas...

Grande «trafulha» este Louçã...

Para comentar a decisão do governo em retirar da agenda a questão da Lei das Finanças Regionais, naturalmente tendo em conta o que aconteceu na Madeira, o «trafulha» Louçã aproveitou para dizer que ainda bem, mas teve de acrescentar que o problema levantado pelo governo e pelo PS era um falso problema! «Trafulha»! Ele não é estúpido, é só parvo... ele sabe muito bem que o problema não era o valor, mas o que, internacionalmente poderia ser subentendido como um não esforço para conter o défice público! Esperava-se outra coisa de Louçã? Não, pois, de um «caramelo» intelectualmente desonesto não se espera outra coisa...

Querem apostar?

Uma parte do despacho de arquivamento das «escutas» a primeiro-ministro foram publicadas no Diário de Notícias e no Correio da Manhã (da manha...). Naturalmente, estavam em segredo de justiça, que parece ser uma coisa de somenos importância... O procurador-geral, furioso, mandou abrir um inquérito para saber quem foi o «bufo». Diz o senhor que só seis pessoas sabiam da coisa... só seis e, com certeza, todos lá da justiça (a menos que ele conte em casa à família...). Querem uma aposta em como, mesmo assim, «não foi ninguém»? Ou terá sido a «mulher da limpeza»?
Por outro lado, o procurador na Madeira que vai coordenar os inquéritos às mortes provocadas pelo temporal, decidiu reunir tudo num só inquérito, em vez de um inquérito por falecimento. Boa decisão. Mas, segundo a RTP1, terá acrescentado que, sim senhor, o deficiente ordenamento do território poderá ser uma das causas da morte das pessoas! Bom, isso é do domínio público. Mas será que não é falar demais? Será que um procurador tem de dizer esse tipo de coisas cada vez que um qualquer jornalista lhe põe o microfone à frente, ou o seu dever é de reserva? Os procuradores e os juízes existem para trabalhar discretamente ou para se pavonearem á frente dos jornalistas? Infelizmente, parece que é desta massa grunhenta que é feita uma grande parte da justiça em Portugal...

Esta Fátima Campos Ferreira já se esgotou totalmente...

Confesso que quase sempre acompanhei com agrado este programa (prós e contras). Mas, está a chegar a um ponto de esgotamento! Fátima Campos Ferreira já perdeu todo o «gás» e toda a imaginação. Desta vez coloca o «ressabiado» Vicente Jorge Silva do lado do presidente do PS. E acabei por assistir a um dos ataques mais cretinos que jamais ouvi à pessoa do primeiro-ministro! O madeirense tem a mania que é um jornalista «independente» (ah, ah, ah...), mas não descansa enquanto o homem não disser pela boca fora aquilo que ele acha que o outro deve dizer... Cretino! O prós e contras já era! Se a senhora não consegue assuntos mais bem estruturados, o melhor é desistir. Por mim, desisto, vou mas é dormir...

Ainda a Madeira...

A realidade dos estragos vista de dia é, ainda, mais impressionante. Parece-me, contudo, que a resposta das autoridades municipais, regionais e até, nacionais, foi atempada, tendo em conta que no socorro a este tipo de acontecimentos, há um momento durante o qual pouco se pode fazer, enquanto não se alterarem as condições meteorológicas (e não «climáticas», como gostam jornalistas e políticos de dizer...). Os trabalhos de reabilitação para repôr as condições possíveis de normalidade começaram, ainda, durante a fase de resposta, como seria de esperar. Porém, a fase de reconstrução vai durar bastante tempo, dados os efeitos da ocorrência. Mais do que recriminar quanto aos erros de ordenamento do território, é preciso que a fase de reconstrução tenha em linha de conta a implementação das necessárias medidas de mitigação, de modo a que, no futuro, os efeitos não sejam tão devastadores. É difícil, é... é difícil, quando os erros já estão «entranhados»... mas, é uma condição essencial para quem quiser lidar a sério com a gestão integrada de emergências. Será que as actuais autoridades regionais estão a isso dispostas?

Dia para esquecer na Madeira...

É difícil descrever o que se sente ao ver imagens como as que foram mostradas sobre os acontecimentos no Funchal e na Ribeira Brava. Ainda por cima, quando estive nestes dois lugares em Setembro passado. Mas a natureza é assim! Vencer a ordem natural das coisas só é possível até certo ponto. A orografia da Madeira é impressionante. O número de casas alcandoradas, sejam novas habitações ou casas muito modestas, é espectacular. Porém, estão sujeitas a situações meteorológicas extremas como esta que, infelizmente aconteceu. Naturalmente, o ordenamento do território não é dos mais felizes, tendo em conta as condições do terreno, mas fazer como a SIC N fez todo o dia, procurando falar com políticos e ambientalistas tendo como ponto fundamental este problema do ordenamento do território, não me parece «jornalismo» muito honesto... e não quero, de forma alguma, defender o Jardim e o seu governo... mas, há ocasiões para tudo e agora, a hora é de reabilitação e recuperação das áreas atingidas. A minha maior solidariedade para com os madeirenses!
Já agora, quando é que políticos e jornalistas aprendem que estas situações não tem a ver com «condições climáticas», mas sim com condições meteorológicas ou atmosféricas?

Mas, quais esclarecimentos, «porra»?

O primeiro-ministro falou! Disse, com clareza, que nada tinha a ver com a alegada tentativa de «controlo da comunicação social»! Que esclarecimentos mais querem os da oposição? Se ele tivesse dito «pois, na verdade, fiz tudo aquilo de que me querem acusar...» a oposição achava que eram os tais «esclarecimentos». Mas, como, segundo ele, isso não é verdade, já não são esclarecimentos! Faz lembrar o Savimbi e a senhora das trancinhas da Ucrânia: as eleições só seriam livres se, por acaso, as tivessem ganho... E lá vêm o «bibalhoco» Aguiar Branco dizer do mesmo, o «imbecil» Filipe do PCP (Álvaro Cunhal bem deve andar às voltas na campa a ouvir este tipo...), o «oleoso» Magalhães do CDS (a propósito: «quédele» o Paulinho, que já não dá as «caras» faz algum tempo?) e o «professor cara-de-pau» do BE, a baterem na mesma «tecla»! Mas têm um objectivo, lá isso têm: confundir as pessoas e, com oportunismo e falta de honestidade intelectual, fazerem política à sua maneira...

Memórias da tropa (28): o baile...

No início de Março de 1975, o MPLA e a FNLA tinham duas «delegações» na Vila. O responsável do MPLA dava pelo nome de «Triunfaremos». Era um jovem modesto, que procurava dar-se bem com a tropa portuguesa. A FNLA era chefiada pelo «Leopardo», um indivíduo cheio de «amarelos», sempre de óculos escuros, que gostava de se exibir nas ruas a altas velocidades, sempre com um séquito de seguidores armados até aos «dentes». Ao contrário do primeiro, passava pouco «cartão» aos militares portugueses.
Todos os sábados havia baile num recinto mesmo ao lado da messe de oficiais. Durante o dia, os altifalantes faziam-se ouvir a «altos berros», anunciando a festa. À hora do baile a música ouvia-se a «vários» quilómetros de distância. Cheio de boa vontade, o «animador cultural» não parava de gritar como se não tivesse microfone: «Camaradas do MPLA, dancem com as irmãs do FNLA! Irmãos do FNLA, vão buscar as camaradas do MPLA para dançar… Somos todos angolanos!». Escusado será dizer que a animação, com muita cerveja pelo meio, se estendia pela avenida fora. Naquela noite de sábado, mais uma vez, o Alferes estava sozinho na messe. Os restantes oficiais tinham ido passar o fim-de-semana à Capital, a escassos 50 quilómetros. Era um fim-de-semana especial: o último que iam passar em África! De repente, ouviu-se um enorme barulho característico de choque entre veículos. Uma mota, a alta velocidade, foi chocar com um automóvel estacionado à beira do passeio. Grande confusão! O pessoal do baile saiu para ver. A multidão, porém, não tardou a dispersar-se no meio de uma grande «maca», com empurrões, gritos e ameaças! Alegadamente, alguém terá «metido a mão» na namorada do «Leopardo». Os da FNLA armados, inclusive com metralhadoras de tripé, entrincheiraram-se entre os automóveis estacionados, nos quintais das casas e nas ombreiras das portas, enquanto o chefe procurava saber quem fora o do MPLA que se tinha metido com a namorada. No outro extremo da avenida, os do MPLA tomam, também, posições. Perante este cenário, o Alferes ordenou à tropa que se mantivesse em prontidão, sem sair do quartel, situado em frente à messe. A tensão era muita. «O Leopardo está louco e quer guerra!», disse «Triunfaremos». Responde o Alferes: «Nem penses que vou pôr a tropa no meio! Entende-te com ele! Daqui a dias vamos embora e vocês vão ficar por vossa conta!». Contrafeito, «Triunfaremos» foi falar com o outro. Naquele dia as coisas ficaram por ali. Mas, não tardou que a guerra civil se instalasse. Já em Portugal, o Alferes (ex) soube que «Triunfaremos», a quem oferecera todas as suas fardas de trabalho, tinha sido morto em combate…

Tinha que haver uma razão...

José Sócrates «meteu-se» com todos: professores (p.ex. mais horas de trabalho...), médicos (p.ex. picar o ponto...), magistrados e juízes (p.ex. férias judiciais...), funcionários públicos em geral (p.ex. reformas aos 50 anos de idade...), etc. Mas, porque será que os jornalistas apostaram em lhe fazer a «vida negra»? Na verdade, ele não lhes passa grande «cartão», mas isso não será motivo para tanto ódio!
Hoje, porém, finalmente «fez-se luz»! Um tribunal absolveu 20 jornalistas do crime de violação do segredo de justiça relativo ao caso Casa Pia. Disse a SIC que tinham sido abrangidos pela lei anterior, pois se fosse pela actual, a sentença poderia ter sido diferente. Como? É que na lei anterior, só o «corrompido», isto é, o tipo que dá as informações aos jornalistas pagava o «pato». O «corruptor», ou seja, o jornalista que recebe as informações - a seu pedido, ou não, a troco de dinheiro ou não - ficava ilibado se não tivesse mexido no processo.... Pois é! Mas a lei actual compromete os dois, pois, na verdade, «tão ladrão é o que entra, como o que fica à porta a vigiar»! E lá apareceu a «boneca insuflável» Manela MG a referir a «maldade» desta lei, feita no governo anterior... Coitados, afinal, também, têm com que se queixar...

Estes europeus devem ser muito «parvos»...

Então o homem era um grande «chouriço», que deixou que o Oliveira e Costa, mais o Dias Loureiro e o tal Rendeiro se «abotoassem» com as massas de quem colocou o dinheirinho no BPP e no BPN e os europeus nomearam-no para vice-presidente do Banco Central Europeu? Parece impossível! O esforço que todos fizeram para denegrir Vitor Constâncio e é esta a paga? Então e o «bimbo metido a queque» do Nuno Melo? E o «cabelo permanentemente oleoso» do Nuno Magalhães? E aquele imbecil do BE lá do Porto, mais um que ninguém conhece do PCP? E os «trafulhas» do PSD? Já não há respeito, ou quê!? Será que os europeus estão feitos com o Sócrates? Ah, mas vão ver, os «jornalistas» à falta de melhor, já começaram a inventar os nomes «apontáveis» para o cargo no Banco de Portugal! E os políticos, de acordo com a sua famosa desonestidade intelectual, já começaram a dizer quem deve e quem não deve ser... Se for algum dos deles pode, se não for, claro, não presta...

32 anos...

É verdade! Faz hoje 32 anos que fui pai... e logo pela «fresquinha», antes da uma da manhã...
Parabéns à Rita!

Hoje é dia de descanso...

Dizem que é Domingo de Carnaval... Não é, não! Carnaval tem sido todos os dias com tantos «animadores» a chegarem-se à frente... Hoje é dia de descanso... O «carnaval» deve continuar para a semana, neste País onde se julgam as pessoas na praça pública, sem provas, apenas pelo diz-que-disse, com «investigadores» e «procuradores» imaginativos, políticos oportunistas, comentadores frustados e «jornalistas» do melhor que há em termos de intelectualmente desonestos...
Num País em que os funcionários da justiça «deixam» escapar os segredos de justiça como se estivessem «rotos», o chefe do observatório da imprensa, um jornalista conceituado, apela à desobediência civil (eu ouvi...), um professor/comentador conceituado, mas falso como «judas», chama mentiroso ao primeiro-ministro e as providências cautelares só são boas quando servem aos jornais, o Carnaval só pode ser todos os dias...
O que vale é o Dia dos Namorados! Pode ser que esses senhores «aliviem» as frustações...

Já cá faltava o Correio da Manhã (da manha)...

Já é a segunda vez que «marra» com Luís Figo, que já lhe moveu um processo. Só mentes muito esquisitas é que podem crer que um jogador a quem não faltará dinheiro, certamente, se iria «vender» pelo valor indicado ou outro qualquer! Mas a manha do Correio não ficou por aqui e também vai de «marrar» com Inês de Medeiros! Processos? Que importa. Pelos vistos, neste País, os processos julgam-se na «praça», os «jornalistas» já são juízes e não se pode dizer nada contra eles, pois, é ataque à «liberdade de imprensa»! O Correio «da manha» é o jornal que mais papel vende em Portugal. Infelizmente, é verdade! E os «manhosos», cujo negocio é vender papel impresso, sabem muito bem o tipo de leitores que tem...

E agora, senhores da justiça? Como é?

Claro, o «pasquim» do arquitecto esquizofrénico e da sua «querida» Felícia, pertencente a um dirigente do PSD e em falência, desobedeceu à ordem do tribunal! Grande admiração! Se já tinha «comprado» os despachos do juíz de Aveiro para os publicar, como é que iria obedecer à providência cautelar, ainda por cima, com o apoio dos «coleguinhas» da comunicação social, sempre com o «pé a fugir-lhes para o chinelo»! Ah, e com o apoio, naturalmente dos políticos da oposição, ao ponto do «grunho» Aguiar Branco ter comentado que ainda bem que o jornal estava nas bancas!? Sim, o mesmo Aguiar Branco que quer ser «primeiro-ministro» aplaudiu a desobediência a uma ordem do tribunal! E agora, senhores da justiça (com letra pequena, pequenina...)? Vão fazer o quê? Fica assim, ou as desobediências aos tribunais são para punir? Quanto ao conteúdo, na verdade, o procurador Marques Vidal, independentíssimo, claro, devia tentar escrever argumentos para o cinema. Imaginação não lhe falta! Nem é preciso provar nada, pois os «jornalistas» já se encarregaram de «fazer justiça»...

A arrogância da «condessa da Pena»...

Não gosto de juízes! Mas não gostei da forma arrogante, ordinária e agressiva como a «condessa da Pena» entrevistou o presidente do Supremo Tribunal de Justiça... A mulher não deixava o juíz explicar nada e demonstrava não perceber bem o papel dos tribunais e o papel da procuradoria da República! Mas, obviamente ela sabe... o que tenta fazer é explorar a ignorância da maior parte das pessoas sobre o assunto. Se eu fosse o juíz, tinha mandado a tipa «à fava» e a entrevista acabava ali! A «senhora» portou-se como se ela própria e os seus colegas «jornalistas» fossem a Justiça em si... Mas o melhor foi quando a dita colocou em causa a tal providência cautelar emanada de um juíz a pedido de um parvo da PT (parvo, porque fez com que o assunto viesse a ter maior audiência e o pasquim tenha vendido mais jornais...). O presidente do Supremo perguntou-lhe se queria que houvesse providências cautelares para toda a gente e umas particulares só para os jornais... Mais uma vez se prova que, para os «fazedores de notícias», o mundo é dividido em dois tipos de pessoas: os «jornalistas» (donos da verdade) e os outros (os desonestos)! O resto não interessa. Publicar documentos em segredo de justiça, com a complicidade de quem lá trabalha, claro, é crime, mas não interessa! Desobedecer a providências cautelares? Também é crime... mas querem apostar em como o «pasquim» Sol não vai acatar?

Ai, que grande emoção...

Finalmente! Até que enfim, o homem resolveu «dar o nó», perdão... candidatar-se a líder do PSD! Ninguém estava à espera, pois não? Que grande emoção ver o «grilo falante» armar-se em «Salvador da Pátria»! Aquilo é que é, aquilo sim, agora já estou mais sossegado, pois, com este cretino, Portugal vai ter «um lindo futuro»...
Mas o dia foi fértil em «broncos». Quem é o tal «filósofo» José Gil? Debaixo de que pedra saiu tamanho imbecil? Se esteve tantos anos em França, para dizer patacoadas, banalidades e imbecilidades, mais valia ter lá ficado. Mas, não! Um dia descobriram que o homem é «filósofo», mas reaccionário... foi quanto bastou. Passou logo ao estatuto de grande «pensador» e a ter «tempo de antena» na comunicação social...
Como se não bastassem, lá saiu à rua o tal magistrado-sindicalista Palma. Como é que um país pode ter um indivíduo desta espécie como magistrado? Veio «bolsar» que nesta coisa do segredo de justiça a culpa, claro, é do Sócrates, pois foi no governo anterior que a lei foi alterada!? Como? A alteração diz que o segredo deve ser excepção e a publicitação dos processos a regra! Evidentemente, seu parvalhão, mas a publicitação é para as coisas que já não estão em segredo de justiça! Será preciso um desenho? Não! Ele sabe muito bem onde se comete o crime de violar o segredo de justiça... Não deve ser a partir das mercearias, com certeza!

Grande pulha...

Não é por acaso que dentro do PSD chamam ao Rangel o «pinguim deslumbrado» ou «pigmeu deslumbrado» ou a «pata que o pôs»... O pulha vai para o Parlamento Europeu falar de assuntos internos, dizer não-sei-o-quê da liberdade de expressão e outras alarvices, como Portugal não ser um Estado de Direito! E, mais! Foi comparar Portugal à Grécia! Isso queria ele e a chusma de reaccionários e parasitas dos seus amiguinhos... Deve pensar que vai ser o «Salvador da Pátria», como o «botas»...
Bom, agora com a elevação a «santos» do Moniz, da Manela, do Fernandes e do Crespo, sob a batuta do arquitecto esquizofrénico do pasquim Sol e da sua «querida» Felícia, abençoados pelos energúmenos do «juíz de Aveiro» e do «procurador de Coimbra», já nada me admira...

Mas quem pensam que são estes gajos...

Não acham que o «chefe» do Observatório de Segurança gosta de «dar nas vistas»? O homem - o tal José Manuel Anes - ainda não se calou desde que as autoridades policiais descobriram o arsenal da ETA... até parece que contribuiu alguma coisa para o sucesso da descoberta! Não deveria ser mais discreto, atendendo à função? E, para completar, outro que gosta muito de falar lá estava hoje na TSF a «botar paleio» sobre a coisa! Claro, o tal Carlos, «sindicalista» da Judiciária...! Será que se trata de um assunto sindical, aquilo do arsenal da ETA? Será que o homem é porta-voz da PJ? Ou, afinal, ele é que é o director nacional e as pessoas ainda não sabem? Estes tipos não terão coragem de dizer aos jornalistas: «olhem, tenham paciência, mas vão perguntar a quem de direito...»! Cá para mim, têm é medo de serem acusados de «obstrução à liberdade de expressão jornalística»... Sim, a tal que tem por lema: «nós podemos dizer tudo, mas tudo o que for dito contra nós é atentado»...

Olha as «Escutas»...

Mais uma vez, o procurador-geral «assobia» para o lado e vai mandar fazer um inquérito! Querem uma aposta em como não vai dar em nada? A quebra do segredo de justiça já entrou na rotina de tal forma, que até o Professor Cavaco fala das «Escutas» sem o referir! Nhô, nhô, nhô a «liberdade de expressão» e tal, como se o verdadeiro ataque à liberdade de expressão não começasse nas falhas da justiça...
E como é que a Dra. Manuela FL já sabia de tudo? Claro, pela «triangulação» entre a dita, o SOL e os «justiceiros de Aveiro»! Afinal, a «velha senhora» tem de se entreter com qualquer coisa, pois no PSD parece que quem manda é o «Bokassa» da Madeira... pelos vistos, no PSD e, pelo menos, no BE e no PCP...
Agora, de «alugar cadeiras» é o «casal maravilha» de cretinos - Moniz/Manela - a pedir a demissão do primeiro-ministro... Coitados, têm a mania que são importantes...
O que nos vale é o seleccionador nacional. Não presta, é certo! Mas entretém o «pagode» com umas murraças no «jornalista/comentador/UEFA»! Vamos a ver se não se «lixa», pois o outro ainda é capaz de ser sócio do sindicato dos jornalistas...

Já lá vão mais de quarenta anos...

Fui almoçar com um grupo de antigos alunos da extinta Escola Comercial Ferreira Borges, organizados numa associação que existe desde 1941. Nunca fui sócio, mas convidaram-me e decidi ir para tentar encontrar alguns dos meus antigos colegas. Na verdade, saí daquela escola em 1969 e passados quarenta anos não seria muito fácil reconhecer os «jovens» com quem partilhei alguns anos da minha vida. Das cerca de cem pessoas presentes, apenas três foram meus colegas de turma e, por coincidência, já tinha estado com todos eles numa ou noutra ocasião. Encontrei, também, duas professoras, uma das quais - a Dra. Amélia, professora de Português - já muito idosa. A outra - Dra. Ilda, professora de Técnicas de Venda - não terá mais dez anos do que eu. Mas quando temos 14 ou 15 anos, os maiores de 20 já nos parecem «velhos»...

A «Ferreira», como era conhecida à época, era uma escola técnica de referência que existia desde o Século XIX e que rivalizava com a «Marquês», escola industrial. Não se sabe bem por quê, mas em 2002, o ministro da Educação de Durão Barroso decidiu extinguir a escola e colocar nas suas instalações - na Rua Jau, no Alto de Santo Amaro, em Lisboa - a Escola Secundária Rainha D. Amélia. Da «Ferreira» resta a associação dos antigos alunos, que mantém uma sala no edifício do princípio dos anos 60 e a estátua do patrono, Ferreira Borges, da autoria de Lagoa Henriques. Reza a história que Ferreira Borges foi o principal autor do primeiro Código Comercial português, de 1833.

A foto é da minha turma no 3.º ano comercial (hoje, 9.º ano), em Fevereiro de 1967...

Sempre na «hora certa»...

O pasquim do arquitecto esquizofrénico mais uma vez «acertou» na hora de publicar novo episódio da novela «O Governo-Quer-Acabar-Com-os-Jornais...»! Comprova-se, pelo menos, que o «independente» juíz de Aveiro já tinha pespegado todos os despachos nas mãos do Sol! A publicação é que é às «mijinhas», como lhes convém... O que diz o Sol? Nada mais do que já sugeria em «episódios» anteriores! Mas, é o suficiente para os cretinos da nossa praça começarem a «ladrar»... desde a «velha senhora», até ao «bimbo» Marques Mendes! Assim, se desvia a atenção das pessoas quanto à «Santa Aliança» dirigida pelo «Bokassa» da Madeira e seus efeitos. Tudo isto, pasme-se, com a cumplicidade do BE e do PCP...
Já repararam que a maior parte dos tipos que falam em atentados à liberdade de expressão, nunca fizeram nada antes de 1974 para defender essa liberdade? Agora acham que algum Governo, este ou outro, seria capaz de inverter as coisas! Acham, não, pois não são estúpidos, falam dessa maneira porque lhes convém politicamente...
Será o primeiro-ministro que quer calar os jornalistas ou serão os jornalistas que tudo têm feito para que o primeiro-ministro se cale?

Na verdade, quem manda no PSD é o «Bokassa»...

E, por isso, até se compreende a posição quanto a querer dar mais dinheiro para a Madeira! Mas, os outros partidos, principalmente o BE e o PCP, lamento dizer, mas não passam de oportunistas e seguidistas... Bom, do BE, no fundo, já esperava. Uma cambada de «intelectuais» que nunca fizeram «puto» na vida, a não ser dar aulas e palpites...
Fez bem Teixeira dos Santos pôr a «boca no trombone» e denunciar mais esta «Santa Aliança» parlamentar (para lamentar, digo eu...). Com estes políticos da «cáca», mais o comissário espanhol amiguinho de Durão Barroso e os imbecis das empresas de rating, não é fácil... Aliás, a propósito das ditas empresas e dos indivíduos que lá trabalham, que devem ganhar muito acima da média, mais uma vez fica demonstrado que o sistema dito «capitalista», de «mercado», de «oferta e procura» é a maior treta que jamais algum dia foi inventada... o dito «sistema» não passa de uma «fábrica» de factos com o objectivo de favorecer sempre os mesmos: os gajos do dinheiro! Sim, mesmo que esse dinheiro tenha aparecido não se sabe bem como! Se calhar, a ideia de colocar os ganhos na internet não é assim tão parva... por mim, estão à vontade...

Tanta expectiva à volta do Conselho de Estado...

Que excitação! Andam «loucos» estes jornalistas para tentar saber o que se vai passar... É só «adivinhanços»... que vão falar disto... que vão resolver aquilo... o mais engraçado é a certeza com que opinam! Vão ver que amanhã, mesmo que lá do Conselho de Estado nada «transpire», os jornais vão estar «recheados» de coisas que supostamente aconteceram... isto é: factos nenhuns, «adivinhações» e especulações tudo o que se queira...
PS: Não sei se se pode dizer «loucos» quando se fala de jornalistas... é que, coitados, são tão susceptíveis...

Com que então, vai lançar um livro...

Tinha de ser! Afinal, o Crespo tem um livro na forja para lançar com o «patrocínio» da Zita Seabra, «grande intelectual» da nossa praça... Nada acontece por acaso... Vão ver as resmas de livros que o homem vai vender! Nada mau para quem foi «secretário pessoal» do Kaúlza de Arriaga, o general mais fascistóide que alguma vez passou pelo Exército Português... Mas, no fundo, tenho a impressão que ele quer é o lugar de Nuno Santos... Acha-se com direito, pelos anos de casa! Que fale com o patrão Balsemão, «lamba-lhe» as botas e se deixe de imbecilidades e coscuvilhices...

Será que temos cá a PIDE outra vez?

Na verdade, os «pides» não desapareceram todos com o 25 de Abril. Nem o espírito «pidesco», claro! Há muitos que refizeram a sua vida, mas lá no fundo... Vem isto a propósito do «jornalista» Mário Crespo, um reacionário de primeira apanha, ressaibado, com a mania que é esperto e muito bom na sua «profissão»! Reagir como reagiu só por ouvir dizer, a propósito de uma conversa entre outras pessoas, mesmo que sejam políticos do Governo e que seja verdade, é de quem está a querer «semear» outra coisa qualquer... Naturalmente, o sindicato acha que é um descalabro... Só não entende a posição do JN. Isto é, se calhar o JN passou a ser um perigo para os «jornalistas» porque não publicou o ódio escrito pelo Crespo. Sim, porque, afinal para os «jornalistas» só há dois tipos de cidadãos em todo o mundo: de um lado, eles, os jornalistas que são os únicos honestos que se conhecem, do outro, todas as outras pessoas que não são jornalistas... O que Mário Crespo quer é protagonismo... E vai ter, claro, pois os «amigalhaços» das televisões e jornais vão encarregar-se disso, com a ajuda oportunista de alguns partidos - de esquerda e de direita...