domingo, 21 de fevereiro de 2010

Ainda a Madeira...

A realidade dos estragos vista de dia é, ainda, mais impressionante. Parece-me, contudo, que a resposta das autoridades municipais, regionais e até, nacionais, foi atempada, tendo em conta que no socorro a este tipo de acontecimentos, há um momento durante o qual pouco se pode fazer, enquanto não se alterarem as condições meteorológicas (e não «climáticas», como gostam jornalistas e políticos de dizer...). Os trabalhos de reabilitação para repôr as condições possíveis de normalidade começaram, ainda, durante a fase de resposta, como seria de esperar. Porém, a fase de reconstrução vai durar bastante tempo, dados os efeitos da ocorrência. Mais do que recriminar quanto aos erros de ordenamento do território, é preciso que a fase de reconstrução tenha em linha de conta a implementação das necessárias medidas de mitigação, de modo a que, no futuro, os efeitos não sejam tão devastadores. É difícil, é... é difícil, quando os erros já estão «entranhados»... mas, é uma condição essencial para quem quiser lidar a sério com a gestão integrada de emergências. Será que as actuais autoridades regionais estão a isso dispostas?

2 comentários:

  1. Meu caro Amigo,

    Não discordando do essencial da sua mensagem, mas ressalvando que podemos até não gostar muito ou nada do Líder Governamental da Madeira, mas em termos de Protecção Civil e sua Organização, certamente o Nível Nacional tem muito a aprender com o Nível Regional (Açores incluído).
    Mas isto a propósito de escrever que a resposta Nacional foi a adequada, eu por momentos diria, que resposta??
    Então um pais que tem uma das áreas marítimas de maior dimensão mundial (a maior se se tiver em consideração a relação entre a aerea continental e marítima), que nessa vastidão de oceano tem 11 locais (9 nos Açores e 2 na Madeira) de soberania Nacional alguns sujeitos a perigos consideráveis outros nem tanto, mas depois acontece o que aconteceu, dispõem de 3 meios aéreos, quando dispõem, (neste momento tem só dois) com "capacidade" de projectar forças de socorro nesses locais, e se for necessário a projecção de material de engenharia pesada, como se vai fazer, pedimos ajuda aos Espanhóis, é que este país não dispõem de um meio naval logístico com capacidade de rapidamente colocar meios técnicos e humanos nas Nossas ilhas, depois andamos a adaptar corvetas para levar "algum" material, sejamos sérios é a mesma coisa que adaptar um Formula Um para levar ao Porto umas quantas dúzias de ovos, no máximo o que lá chegará será uma boa gemada, ovos!! Duvido!!
    Por fim de lhe lembrar que a resposta pronta do Nível Nacional foi o envio de um Falcon com uns Governantes e uma "Equipa de Avaliação da ANPC" Ah Ah Ah, só se foi de avaliação dos procedimentos jornalísticos e dos operadores de câmara das TV's, isto sendo suave, pois se quiser ser mesmo mau, diria que mais pareciam aquele personagem nortenho que tem como "hobby" aparecer por detrás de "figuras Públicas" quando estão na TV, sim esse de seu nome Emplastro......
    Cumprimentos deste seu Amigo

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  2. Acho que a organização regional da protecção civil em ambas as regiões autónomas é adequada. Mas, daí a fazer comparações com o que não é comparável, vai uma distância muito grande... Naturalmente, não vou discutir consigo o que entendo por «resposta nacional adequada». Mas, dadas as condições objectivas do que se passou e tendo em conta o momento, não estou a ver quais poderiam ser mais adequadas do que as que tiveram lugar. O resto é «outra coisa», mas eu não estou para ai virado...

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