quarta-feira, 21 de abril de 2010
Um autêntico «tiro-no-pé»...
O conselho de administração da assembleia da República autorizou a deputada do PS, Inês de Medeiros a receber o valor da ida a casa - em Paris - por avião, todas as semanas! O PS votou a favor, o CDS absteve-se (?!), o PSD e o BE votaram contra, o PCP e o PEV não estavam lá (!?). Isto é um autêntico «tiro-no-pé» do PS! Curiosa, também, é a abstenção do CDS (deve trazer «água-no-bico»...). Na verdade, Inês de Medeiros lançou o «barro-à-parede». E, vergonhosamente «pegou». Ai e tal, é uma excepção porque a lei não é clara! Uma vergonha! Mas a questão é, a meu ver, mais funda. Porque «carga-de-água» é que uma pessoa que mora em Paris pode ser deputada pelo círculo distrital de Lisboa? Faz sentido? Não, a menos que os círculos eleitorais distritais sejam para «enfeitar». E, realmente, são. Os partidos colocam os seus militantes mais activos nos lugares que, à partida, estão garantidos, independentemente dos distritos onde moram! Todos os partidos, claro! José Sócrates, que mora na Rua Castilho, foi eleito pelo círculo distrital de Castelo Branco. É certo que começou a vida política lá na Covilhã, mas não mora para aquelas «bandas»... Paulo Portas foi eleito pelo círculo de Aveiro. Aquilo é que o homem tem muito a ver com Aveiro! Noutra dimensão, Passos Coelho, que mora em Massamá (Sintra) é presidente da assembleia municipal de Vila Real. E o Professor Marcelo (o sabe-tudo...) também é presidente da assembleia municipal de Celorico de Basto e mora por Cascais! Afinal, que garantia têm os eleitores quanto aos «seus» deputados e aos «seus» eleitos «locais»? Nenhuma! E depois, admiram-se que as pessoas digam «raios-e-coriscos» dos políticos...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário