O Governo lá decidiu participar na ajuda internacional ao Haiti. E fez bem! A comunidade internacional tem ali um problema para resolver que não fica atrás das catástrofes anteriores, bem pelo contrário. Portugal enviou uma equipa da Autoridade Nacional de Protecção Civil com o objectivo de montar um alojamento provisório para 750 pessoas. Pode ser uma «gota no oceano», mas é à nossa medida. Enviou, ainda, médicos e outro pessoal do INEM e da AMI para apoiar o campo de desalojados. A resposta internacional a estes problemas, normalmente é rápida. Mas, após a chegada, torna-se necessário colocar as equipas no terreno, e isso não é fácil pela falta de transportes, principalmente numa situação em que, aparentemente todas as estruturas de socorro e governação ficaram destruídas. Não se vê uma farda no terreno, com excepção das forças da ONU. Nem um polícia, nem um bombeiro, nada... Infelizmente, a ajuda internacional só começa a fazer efeito passados alguns dias, o que é demasiado tarde para muita gente. No Haiti há, ainda, o problema da falta de segurança. Dizem os especialistas que as pilhagens após estes acontecimentos, geralmente só têm lugar quando a população ou parte já é «vocacionada» para isso. É o caso do Haiti, com todas as convulsões sociais que tem sofrido ao longo de décadas. Disse-me um amigo, antigo repórter da CBS, que foi no Haiti onde encontrou a sociedade mais violenta no dia-a-dia! Quanto mais numa situação destas!
Alguns dos que foram na missão para o Haiti são meus amigos de longa data. Um esteve até comigo em Moçambique nas inundações de 2001. Bom trabalho e boa sorte para toda a equipa!
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
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