segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Grande concerto do Rui Veloso...

Foram duas horinhas com todas aquelas músicas a que temos direito... Muito bom! E depois vai de dar foguetada q.b. ao pessoal, que as festas estavam a findar e a campanha eleitoral a quase, quase começar... A foto não está boa, mas é só para ilustrar...
E a noite, então, não mexia «uma palha»... isto é que são fins-de-semana de jeito. Já «cheirava» a Setembro...
Parabéns ao Rui Veloso.




domingo, 30 de agosto de 2009

Viva o fim-de-semana...

Está muito calor, a praia apeteceu e bem boa que estava! De resto, os políticos andam nas suas a tratar da vidinha. O professor Marcelo, com aquele ar de sabe-tudo, lá foi dizer aos jovens que se esforçam para um dia poderem viver da política, que o programa da «velha senhora» é um espectáculo... mas disse-o sem aquela convicção... Aliás, o professor Marcelo é, «mal acomparado», como o falecido Zandinga: dá uns bitates e os jornais pegam logo, se acertar, arranja maneira de se saber que acertou, se não acertar, ninguém mais se lembra do que ele disse... É ver os jornais de hoje a dizer que o professor «prevê novas eleições daqui a dois anos...». Melhor, melhor, só o famoso Medina Carreira, outro «bitateiro» da nossa praça. Lá veio hoje dizer mal de tudo, como de costume. Bom, este só é entrevistado quando não há mais ninguém, pois é tão incoerente que já poucos lhe passam cartão... Ah, é verdade, agora os «bitateiros» têm uma nova designação inventada pelos jornais: politólogos! Sabem tudo... Antigamente era só o Nuno Rogeiro, agora é vê-los aparecerem nas televisões aos magotes. Nunca vi um país com tanta gente esperta que nem um «alho»... Até o Pina Moura, que começou a vida no PCP, aborreceu-se e passou para o PS, depois foi para a privada ganhar o dele. Claro, ninguém é obrigado a «casar» a vida toda com um partido ou ideologia, mas este grupo de descarados que mudam de repente e aparecem a defender o que, até ali, condenavam com vigor... Estes indivíduos só têm um objectivo na vida: dar nas vistas... Com amigos destes o Sócrates não precisa de inimigos...
O que vale é que hoje temos o Rui Veloso em Cascais. Não, não é propaganda eleitoral do Capucho, são as Festas do Mar. Mas lá que calhou bem ao presidente/candidato, lá isso calhou...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Os Canarinhos...

Foi hoje publicado no Diário da República um despacho com a reorganização da Força Especial de Bombeiros, à qual o ex-ministro António Costa se lembrou de chamar «canarinhos». Para quem se recorda, este grupo começou a ser criado no início de 2005, ainda no governo anterior. Com este governo deu um grande salto mas, simultaneamente foi confrontado com a criação do grupo de intervenção de protecção e socorro da GNR (GIPS). Em Portugal é assim: ou tudo ou nada...

Estamos perante a existência de duas forças com o mesmo objectivo: actuarem em situações especiais de protecção civil (sim, porque isso de «protecção e socorro», ainda ninguém explicou bem o que é...). Não partilho da opinião de muita gente ligada ao sector, de que queiram substituir o papel indiscutível dos corpos de bombeiros - profissionais ou voluntários - pois estes possuem uma distribuição espacial que nunca uma força qualquer deste tipo um dia virá a ter. Como complemento para as grandes ocorrências, o seu papel é fundamental e paralelo ao que existe em outros países europeus. Mas duas forças? Poderá e deverá o país suportar duas forças? Claro que a GNR entrou nisto porque a obrigaram. Se um dia a mandarem parar, pára.
Este despacho vai aumentar a estrutura da FEB e, necessariamente o número dos seus elementos, contratados de entre bombeiros voluntários que abdicam das suas profissões para nela ingressarem por um determinado período.
No caso dos GIPS, quando cada um dos seus elementos atingir uma idade em que já não deve andar a saltar do helicóptero, passará a outro tipo de serviço mais policial. E no caso dos «canarinhos»? Poderá a ANPC distribuí-los pelos corpos de bombeiros sem custos para as entidades que os suportam (associações humanitárias e câmaras municipais)? Serão todos absorvidos noutras funções pelo futuro Centro de Recursos de Protecção Civil e Bombeiros, que vai suceder à Escola Nacional de Bombeiros? Ou serão, simplesmente «dispensados»?

O programa da «velha senhora»...

Estava tentado a fazer alguns comentários àquilo que a «velha senhora» designou por «programa eleitoral». Mas, a «montanha pariu um rato», obviamente para quem tinha muitas expectativas, o que não era o meu caso. Manter as frases com meias-mentiras e dizer generalidades e o que é óbvio sem explicar como, é tudo menos ser sério.Pensava que a «velha senhora», conservadora, neo-liberal, apesar de tudo, era intelectualmente honesta. Enganei-me! Quem esteve num governo que assinou um protocolo com estrangeiros para a construção de 5 linhas de TGV e agora vem dizer que não quer uma sequer, quem inventou o PEC (pagamento especial por conta) quando era ministra das finanças e agora vem dizer que o vai abolir como se tivessem sido os outros que o criaram, merece, apenas, o silêncio, porque o assunto é sério. Se não o fosse, merceria uma boa gargalhada...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O «grilo falante» apareceu...

Lá estava ele, o «grilo falante», vindo de Bruxelas, todo bem vestidinho a falar para os jovens que sonham, um dia, viver da política... Nada mais oportuno do que contradizer o que o antigo lider tinha alvitrado sobre os «suspeitos da justiça» nas listas. Ele sabe! Quem quer ser «chefe» tem de começar por concordar com a «chefe actual», de modo a ganhar as boas graças... depois, um dia...zás!

Mais uma noite de música...

E julgava eu que a discoteca da praia do Tamariz só dava «música para todos» ao fim-de-semana! Esta noite foi, outra vez, um regabofe... Até às 5 da manhã... Que querem, a culpa é da calmaria... Sem vento está tudo estragado... Volta vento do Norte, estás perdoado!

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Guilherme Gomes Fernandes

Com a história do acidente, acabei por me esquecer que no passado dia 18 de Agosto fez 109 anos que, em França (Vincennes), os bombeiros portugueses venceram o Concurso Internacional de Bombeiros, facto que ficou para sempre ligado à figura de Guilherme Gomes Fernandes e ao Corpo de Salvação Pública do Porto. Este concurso, integrado na Exposição Universal de Paris de 1900, contou com a presença de mais de 12 equipas, desde os Estados Unidos da América à Russia Imperial. A prova dos bombeiros portugueses demorou 2 minutos e 56 segundos. O segundo classificado actuou durante 6 minutos e não logrou cumprir o objectivo. A partir de 1923, o dia 18 de Agosto passou a ser comemorado como o Dia Nacional dos Bombeiros Portugueses. Porém, já há alguns anos que as comemorações passaram para Maio, devido aquela data coincidir com a chamada época dos incêndios florestais. De Guilherme Gomes Fernandes os bombeiros portugueses pouco sabem, excepto, talvez, que é o «senhor do busto verde» que está presente na maior parte dos quartéis. Quem quiser conhecer a história toda deve consultar os dois volumes da obra «Bombeiros Portugueses - Seis Séculos de História - 1395-1995», editado pelo extinto Serviço Nacional de Bombeiros e pela Liga dos Bombeiros Portugueses. Vale a pena...

Memórias da tropa (5): Bom dia, meu alferes...


Por questões de segurança, nas operações não era permitido que os oficiais, os sargentos e os cabos levassem os galões e as divisas nas fardas camufladas. Dizia-se que os guerrilheiros poderiam, em primeiro lugar, tentar atingir os graduados logo que os identificassem. Aliás, contava-se que procuravam, também, apontar aos portadores de óculos, pois, quem os usasse seria porque tinha a «vista cansada», logo tinham estudado, portanto eram graduados... Assim, quem observasse um grupo de combate não deveria distinguir o posto de cada um dos homens, que vestiam de igual e utilizavam todos a mesma arma pessoal, a G3.

Naquele dia, o Pelotão regressava de um patrulhamento apeado de três dias. A pouco mais de dez quilómetros do Colonato/Quartel, seguiam pela picada em «bicha de pirilau», mantendo uma distância de três a quatro metros entre cada homem. O Alferes era o quinto. Subitamente, encontraram um grupo de homens e mulheres a trabalhar numa lavra (terra lavrada e semeada). Ao avistarem os militares, os camponeses pararam o trabalho, como de costume. Mais perto da picada estava um homem mais velho. Parou, tirou o chapéu da cabeça e começou a cumprimentar os militares um a um, conforme iam passando por ele: bom dia... bom dia... bom dia... bom dia... bom dia, meu alferes... .....................

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Água imprópria para banhos!?


Ainda a propósito de acatar as instruções das autoridades, aqui está mais um exemplo da «consciência cívica» das pessoas. A foto foi tirada ontem, domingo, na praia dos pescadores, em Cascais. O letreiro diz «praia de apoio à actividade piscatória - água imprópria para banhos». Está bem, «abelha»... É ver a praia cheia de «tugas» e «camones»... E não era para ver a procissão anual das Festas do Mar...

Ainda a ver com o acidente da praia Maria Luísa, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, aquela organização de classe tão «jeitosa», acha que deve ser aberto um inquérito-crime ao acontecimento. Tudo bem! Mas que raio é que um Sindicato tem a ver com o assunto? Então agora estes sindicatos dos «colarinhos brancos» têm competências para além das da defesa da classe que representam? Bom, na realidade, num país onde um presidente de um Governo Regional, em pleno comício político, chama «esse bandido» ao primeiro-ministro do Governo da República, tudo é possível! Cada vez mais compreendo aqueles que advogavam que Portugal se devia tornar «independente da Madeira»...

domingo, 23 de agosto de 2009

Memórias da tropa (4): Deve ser paludismo...

Naquele tempo, Angola seria dos locais em África com mais médicos espalhados pelo território. Pudera, a «despesa» era, praticamente toda feita pelos médicos militares... No Colonato havia um «hospital», nome pomposo para um edifício com duas salas de enfermaria e meia-dúzia de outras dependências. O clínico de serviço todos os dias era o alferes médico. Os enfermeiros, o furriel e os quatros cabos com essa especialidade. Atendiam-se, não só os militares da Companhia, mas também os Colonos (cerca de cem) e a população autóctone (aí um milhar e meio). Todos os dias da semana havia consultas. Quando o médico, por qualquer razão, não estava, a consulta era feita pelo furriel enfermeiro. Naturalmente, a maior parte das queixas dos doentes referia-se a situações de paludismo (malária). Eram as febres e as dores no corpo. Naquele dia, na ausência do clínico, coube mais uma vez ao furriel enfermeiro atender os pacientes. As situações de paludismo eram tantas, que ele já quase nem levantava a cabeça do papel. A mãe camponesa entrou com o filho ao colo e sentou-se na cadeira. Então o que se passa? Perguntou o enfermeiro sem olhar para os «clientes». Menino está com muitas dores no corpo... Ah, isso é paludismo, vou dar-te uns comprimidos de resoquina que isso passa... Não - retorquiu a mãe aflita - foi um bidon que lhe passou ontem por cima...

sábado, 22 de agosto de 2009

Lamentáveis mortes...


Esta fotografia não é da mesma praia. É da praia de S. Rafael, que costumo frequentar, não muito longe da Maria Luísa. Mas o perigo lá está. Quantas e quantas vezes, deitado sob o toldo, olho para o «rochedo» rodeado de pessoas à procura de sombra e penso: e se agora aquilo cedesse? A natureza tem destas coisas. Age por si, naturalmente sem pensar em consequências. Neste aspecto é igual às pessoas que, avisadas ou não, se expõem ao perigo. A natureza tem «desculpa», as pessoas, infelizmente não...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009


Depois dos disparates «de verão» promovidos por especialistas em «contra-informação» travestidos de jornalistas e da entrevista da «velha senhora» com aquela ar de quem nunca esteve no governo (lembram-se a quem os estudantes chamavam «a vaca» - salvo seja - por causa do nome?), fiquei um bocado farto de desonestidade intelectual. Para reflectir, nada melhor do que uma paisagem do Torrão (Alentejo) em pleno Janeiro. Vamos ver o que nos reserva o fim-de-semana. Para já, está um vento de «criar bicho»... E logo hoje que o micael carreira vai cantar a Cascais... Olhem, assim com este vento, pelo menos, sinto-me na «obrigação» de faltar... Do mal o menos...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Já tenho mais um dia comemorativo...


Hoje, perdoem-me a pieguice, mas tornei-me AVÔ... Não foi bisAVÔ, pois é, de facto, o primeiro, ou melhor a primeira...

A Joaninha nasceu hoje dia 20 de Agosto, às 5:52, por cesariana, no Hospital de Cascais. Mesmo local e modalidade que a mãe, há 31 anos. Pesa 3 quilos certos e adiantou-se aí umas três semanas... Parabéns ao Pai e à Mãe. Parabéns aos avós e a toda a família por este «reforço». Os maiores agradecimentos à Dra. Rosa Carvalho e restante equipa de serviço na Maternidade.

Já posso passar a comemorar o Dia do Avô...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Memórias da tropa (3): 14 de Agosto de 1973

Comemorava-se o Dia da Infantaria. Na região militar sul, o evento ia ter um grande desfile militar na Cidade de Évora. Poucos dias antes, os aspirantes a oficial miliciano (milicianos eram os oficiais e sargentos que estavam a cumprir o serviço militar obrigatório) foram surpreendidos com uma directiva que os impedia de ir à Messe de Oficiais naquele dia, pois, havia uma recepção aos ilustres convidados oficiais, antes do almoço, e como o espaço era «pequeno» só lá podiam estar os oficiais do quadro permanente e, dos milicianos, só os tenentes que iam comandar as companhias dos dois batalhões que se estavam a formar: um para Angola, outro para a Guiné. Revolta geral! Não é que os aspirantes tivessem muito interesse em «conviver» com o general, o bispo ou o chefe da pide. Mas, na espontaneidade dos seus vinte e tal anos, consideraram uma afronta tal discriminação. Combinaram, então: se não há lugar na recepção, não vamos ao almoço... Contaram, imediatamente com a solidariedade dos tenentes milicianos. No dia 14 de Agosto de 1973, após o desfile militar em que participaram, os oficiais milicianos - pouco mais de trinta homens - sorrateiramente foram aos quartos desfardar-se, vestiram fato de banho e roupa civil e, um a um, sairam do quartel de Infantaria 16 com destino às Piscinas de Évora, onde almoçaram e conviveram. Para além dos oficiais do quadro permanente, ao almoço comemorativo só compareceram o tenente miliciano que estava de oficial-de-dia e o aspirante miliciano que estava de oficial-de-prevenção. Então e o resto dos oficiais? perguntava o general ao coronel comandante do regimento. foram à terra, sabe meu general, são todos de longe e não tarda nada estão a embarcar...

Em resultado desta «insubordinação», os oficiais milicianos levaram uma valente «rabecada» do comandante e andaram quinze dias a comer e a pagar os restos do banquete. Pior não valia a pena fazer-lhes. Embarcaram em Outubro para a guerra colonial.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Ele há dias assim...

Hoje foi o dia em que tomei a decisão mais errada de todas nos últimos meses...

Levantei-me e decidi ir cortar o cabelo. Aparentemente nada mais simples. Só que, já de cabelinho cortado, ao subir uma avenida de sentido único, no segundo cruzamento apareceu um jipe com cinco putos, conduzido por um de 18 anos, que não viu o sinal de stop, nem fazia ideia que a rua por onde circulava cruzava uma principal. Não eram da terra, claro...

Resultado: carro com um ano e meio para a sucata e todo o corpo dorido (amanhã é que vão ser elas...). Desta vez, a PSP foi a primeira a chegar ao acidente. Estavam parados 100 metros à frente...

Agora é que eu vou sentir na pele aquilo que sempre tive como certo: os seguros não estão vocacionados para dar... Por um carro com um ano e meio e 23.000 quilómetros, quanto é que vou receber? Talvez metade do valor que dei por ele...

Deste azar todo, gostaria de realçar a forma como o banco do Hospital de Cascais foi reorganizado. Nem parece o mesmo! Triagem, sem grandes acumulações de doentes, etc. É a prova provada de que, quando quem manda sabe o que faz e o que quer, as coisas funcionam. E o principal autor é o médico Varandas Fernandes, sim, esse mesmo, o que queria concorrer à direcção do Benfica. Bom, isto dava para umas piadas, mas não faço mais comentários porque sou sportinguista...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Marinha e a GNR

De vez em quando há episódios que permitem aos generais e almirantes na reforma dizerem «o que lhes vai na alma». Desta vez é a propósito do navio russo que, afinal, parece que já foi descoberto perto de Cabo Verde pela Marinha russa. O antigo CEMA, Vieira Matias, disse que é um desperdício a Marinha e a GNR terem funções parecidas no que respeita às águas territoriais e à costa. Acho que tem razão! A Marinha faz fiscalização através da Polícia Marítima e a GNR através da Unidade de Controlo Costeiro. Consta, mesmo, que já terá havido situações bastante caricatas em ambas as forças, do tipo «não é connosco, é com eles...». Mas, não me parece que a nossa Marinha esteja totalmente preparada para as funções de Guarda Costeira, tal como existem noutros países, mesmo na Europa. E era capaz de ser uma aposta interessante, dada a extensão das águas territoriais portuguesas e a exiguidade em meios da nossa Marinha para participar em grandes confusões internacionais (felizmente...). Desde que a coordenação fosse conseguida ( e aí é que está o busílis...), com a Marinha/Guarda Costeira no mar e a GNR na costa, a eficácia poderia aumentar. Mas, a Marinha e a GNR são superiormente comandadas por almirantes e generais que gostam pouco de abdicar dos seus pergaminhos. É ver o que pensam das alterações nas estruturas militares e na GNR. Não dizem alto (para isso têm os sindicalistas...), mas...
Falar deste assunto a propósito do navio russo supostamente desaparecido, é que me pareceu desajustado por parte do almirante Vieira Matias, pois dúvido que os navios estrangeiros que passam ao largo estejam «ao alcance» da GNR.

domingo, 16 de agosto de 2009

Não resisto! Rendo-me...

Não! Não quero «embirrar» com os órgãos de comunicação social (definição: nome que se dá aos jornais, revistas, televisões, rádios e afins...), mas hoje, descobrir três «calinadas» é demais! Fui ao «CDS» (casa dos sogros) onde costumo fazer a minha actualização «cultural» através dos «Correio da Manhã» da semana toda. Numa notícia lia-se: «Concelho de Ministros»!!! Estive a ver o telejornal da RTP1. Numa reportagem sobre uma unidade feminina dos Marines americanos no Afeganistão, falava uma militar e, antes do nome, estava escrito por um qualquer senhor (não digo jornalista para não ofender os ditos...) «Corporal Fulana-de Tal». O tal senhor não faz ideia que o posto «corporal» em português quer dizer «cabo». Claro que o homem não tem que saber de tropa! Tem é que saber, pelo menos, consultar um dicionário... Agora, para terminar bem o dia (bem, são só quase onze da noite e muito pode ainda acontecer...), um tipo da TVI24 remata que a praia da Azarujinha é entre a praia do Tamariz e a praia da Poça, quando fica para lá desta última. Também, ninguém tem a culpa que o homem seja frequentador da Fonte da Telha (sem desprimor para os ditos...). Bom, aqui há uns anos, mas já uns 25 anos após 1976, o subdirector do Expresso escreveu que Portugal tinha 22 distritos... E pensar que são estes senhores que «ganham» as eleições...

Abaixo o barulho da discoteca Tamariz...

Nem de propósito! Noticiaram hoje que a GNR apreendeu o material sonoro da discoteca Nikki Beach, em Vilamoura, por estar a fazer barulho após as duas da manhã , que, eventualmente será a hora de encerramento. Pois, na praia do Tamariz (Estoril) há uma discoteca que não tem paredes. É feita de tendas e funciona, normalmente ao fim-de-semana. Hoje, dia 16, eram 4 e 45 da madrugada, quando deixou de «debitar» um som que se ouve a três e quatro quilómetros de distância, pelo menos, para o lado do Monte Estoril. É certo que não é sempre, mas é sempre quando a noite está calma, como esteve ontem! À queixa na PSP, a resposta é a favorita: «não é connosco...». Carta para o presidente da Câmara de Cascais? Nem se dignou a acusar a recepção! A quem se poderá apresentar o protesto? Se calhar à ASAE e depois dizem que eles, ai e tal, não estão legais e etc. Os «senhores da noite» neste país têm muita força, ai isso têm. Basta ver o Bairro Alto, embora sempre tenha sido uma zona «animada»... Só que antigamente a «animação» era outra. A que horas deverá fechar o Tamariz? Quem será o responsável por fiscalizar o cumprimento das regras? Apesar de licenciada, poderá fazer «orelhas moucas» à Lei do Ruído? E os turistas que estão nos hotéis próximos e que não vão beber copos ao Tamariz? Gostarão da «animação» nocturna de borla? O Dr. António Capucho quer lá saber... Ainda por cima agora, que vai ter de andar a ajudar a «bruxa má»... Quem ousa dizer que isto não é um país livre, desengane-se: é livre principalmente para quem prejudica terceiros e para quem faz de conta que nada sabe do assunto...

sábado, 15 de agosto de 2009

Os factos à nossa maneira...

Pronto! Eu sei que de jornalismo só sabem os jornalistas! Aliás, no mundo só existem dois tipos de pessoas: os jornalistas e os outros...
Que já mais de 1000 pessoas foram identificadas como tendo sido infectadas pela gripo A, é um facto. Mas, também é um facto, que a maior parte das pessoas ao lerem o título gigante da primeira página do «Correio da Manhã», ficam com a impressão de que os hospitais estão entupidos com toda aquela gente! Na verdade, não é só este jornal que trata o facto «à sua maneira». Praticamente todos os órgãos de comunicação social, ao acumularem o número de casos, passam uma ideia errada às pessoas. Às vezes fico com a impressão, perdoem-me se não é assim, de que anseiam que um doente se fine. Isso é que dava uma grande reportagem, com entrevistas à família e, principalmente aos vizinhos, como acontece quando há uma qualquer desgraça, desde que não haja familiares deles pelo meio. Talvez para não ficarmos atrás dos espanhóis, que até nisso nos «levam à perna»...
Tendo em conta que têm a mania de que são os «reis do serviço público», não seria melhor que evitassem títulos e mensagens que possam causar confusões, principalmente com o tipo de leitores que têm? Porque não dizer que foram detectados mil casos, mas que só dez estão hospitalizados?
Claro que não. Então e o objectivo de vender papel? Pensam que isto dos jornais e das televisões é só serviço público? E o lucrozinho dos nossos patrões? Sim, porque até neste sector, em Portugal, existem mais patrões do que empresários. Aqui há é muita «manha»!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Memórias da tropa (2): os cigarros «Juca»

O Alferes tinha vindo à Cidade para uns dias de férias. Aproveitou para ir visitar uma senhora conhecida, «quase» família, que tinha uma tabacaria «de escada» onde se vendiam jornais, revistas, tabaco, selos, canetas, papel, etc. Naquele tempo havia uma marca de tabaco - o «Juca» - bastante popular, que era fornecido aos comerciantes em pacotes de 100 cigarros, posteriormente vendidos à unidade. Enquanto conversavam, ele do lado de fora da «loja» e a proprietária atrás do balcão, um angolano de meia idade, aparentado trabalhar nas obras, aproximou-se da porta do prédio e ali ficou parado entre os expositores dos jornais e revistas a olhar para os dois. Passado um minuto, a senhora interrogou o homem: «o que é que tu queres?». O sujeito respondeu: «25 tostões de Juca...». Replicou a senhora: «tens dinheiro trocado? é que se não tens, vai comprar a outro lado, que não estou para te trocar dinheiro!». O homem virou as costas e foi embora. A senhora para o Alferes: «era só o que faltava, ter de aturar estes tipos...». O Alferes engoliu em seco, e tendo já consciência do que estava ali a fazer naquela terra que não era a sua, desejou ardentemente que algo mudasse. Estávamos em Fevereiro de 1974.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Memórias da tropa (1): a visita do PIDE...

A Companhia acordou em sobressalto. Um colono, homem de cerca de 40 anos, mau feitio, temente aos pais, transmontanos de gema, com quem vivia, apareceu no Colonato de madrugada, roto, sujo, com ferimentos ligeiros. Contou que, ao regressar da povoação vizinha, já de noite, foi atacado por um grupo de guerrilheiros chefiado por um famoso, de grandes barbas e sem um braço. Em consequência, a «pick-up» voltou-se, tentaram sodomizá-lo, mas, por fim, lá conseguiu fugir. No final da manhã já estava em acção uma esquadrilha de hélis All III, com pára-quedistas e tudo, que fizeram embarcar o sujeito, de modo a que identificasse o local do ataque para que lhes fosse dada a «caça adequada». Naturalmente, o «fru-fru» foi imenso, pois há quatro anos que não havia notícia de qualquer movimento do género naqueles 30 quilómetros de pó, pedras e buracos que separavam a Companhia e o Colonato da localidade onde estava sedeado o Batalhão. Porém, da esquadrilha nada foi detectado, excepto a viatura do Colono, voltada e a ser socorrida por um pelotão da Companhia. No dia seguinte, os quatro alferes, incluíndo o médico, estavam na varanda da messe a beber os habituais aperitivos antes do almoço. Nada de especial, uns gins tónicos e uns uísques com castelo. Viram o jipe do capitão a chegar com um passageiro à civil. O capitão apresentou o desconhecido, receando embora alguma reacção dos oficiais: «o senhor Fulano-de-Tal, da direcção-geral de Segurança, que vem almoçar connosco». Surpresa! «muito gosto», foi tudo quanto o pide ouviu dos alferes. Chamados para a mesa, o capitão sentou-se no lugar habitual, à cabeceira e deu a direita ao visitante. Os alferes entreolharam-se para ver quem se sentava primeiro e onde. O médico sentou-se à esquerda do capitão. Os três restantes sentaram-se ao lado deste, tendo deixado vago, exactamente o lugar junto do pide. Uns olhares constrangidos, silêncio, e o capitão lá deu início à refeição. Faltava, no entanto, o quinto alferes, que estava de oficial-de-dia. Chegou logo a seguir. Procurou lugar vago e foi com a maior cara de desalento que verificou que o lugar vago era, exactamente ao lado do pide. Comeu e inventou uma desculpa para se levantar da mesa rapidamente. A propósito, depois de uma conversazinha com o pide, o Colono lá admitiu que, afinal, com a bebedeira tinha virado sózinho a «pick-up»...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A propósito da IV Convenção de Genebra

Faz hoje quarenta anos que foi aprovada a IV Convenção de Genebra e as revisões das três anteriores. A primeira data do início da segunda metade do século XIX. Todas as mais antigas tratam de militares. A última, da protecção das vítimas civis em conflitos armados. Foi uma consequência da 2.ª Guerra Mundial na qual, ao contrário da de 1914-1918, o número de civis mortos foi, praticamente igual ao dos militares. Hoje o panorama é muito pior. Já em 1977, foi acordado o chamado Protocolo I Adicional à IV Convenção de Genebra. Nele surge, claramente pela primeira vez a definição de Protecção Civil, das suas actividades e do distintivo composto pelo triângulo equilátero azul em fundo laranja. Em Portugal, a lei define-a como uma actividade que tem a finalidade de prevenir riscos colectivos inerentes a situações de acidente grave ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em perigo quando aquelas situações ocorram. Sendo uma actividade transversal a toda a Sociedade, convém relembrar que a mais eficaz participação das pessoas na protecção civil é na adopção das medidas de autoprotecção. A Gripe A é disto um exemplo.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Que engraçadinhos são os «talassas»...

Cada um é como cada qual! Num país como o nosso onde parvos não faltam, também tem de haver «talassas». Não pensei, porém, que gostassem de se armar em engraçadinhos. Geralmente são pessoas «fora do seu tempo», que julgam ser da família das salsichas nobre (passe a publicidade...), a maior parte alinham pela Direita política, são mesmo reacionários. E depois, junto deles - dos tais das salsichas - existem outros com espírito de «servos de gleba». Muito adeptos da Hola!, para ver como andam os seus «soberanos» favoritos. Enfim, querem é publicidade. O triste desta história é pensar como foi possível trocar a bandeira da Câmara Municipal de Lisboa sem haver quem tenha dado por isso. Parece que, na Câmara, já a manhã ia longa quando repararam. Primeiro, a bandeira da Câmara nem devia estar hasteada de noite. Depois, se fossem ladrões, eventualmente até poderiam ter entrado nas instalações, que a vigilância estaria a «descansar». Disse o Senhor Duarte de Bragança, e muito bem, que a bandeira azul e branca é um estandarte nacional. É verdade. Faz parte da História de Portugal, a tal que os «talassas» acham que é só deles... Mais uma razão para não andarem a brincar com ela. Não é assim que a respeitam. Mas os engraçadinhos prometem mais. Andam nervosos com o Centenário da República. Temos pena! Espero que as autoridades não deixem passar em claro esta garotice de gente que não deve ter mais que fazer!
Este cena recorda-me uma redacção feita na primária pela minha filha, vão uns 25 anos, na qual, sendo perguntado o que achavam da República e da Monarquia (era próximo do 5 de Outubro), ela escreveu que preferia a República porque, ao menos, não era preciso que o rei morresse para ir para lá outro. Grande sabedoria a das crianças. VIVA A REPÚBLICA, abaixo os «talassas»...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Triste fim-de-semana...

Este foi um fim-de-semana ensombrado pela morte de Raul Solnado. E quando se está a tentar «digerir» o falecimento de um familiar próximo, o desaparecimento de pessoas, mesmo que só as conheçamos por serem figuras públicas, torna-se, ainda, mais pesado. Sem dúvida que Raul Solnado era (é) alguém que marcou várias gerações e que vai ser sempre recordado. Lembro-me de ter assistido ao vivo a um dos programas Zip-Zip. Um dos entrevistados era um prestamista. Naquele tempo as casas de penhores eram instituições que tinham maior visibilidade do que têm hoje, o que não significa que o negócio do empréstimo de dinheiro em troca de objectos tenha acabado. O entrevistado acabou por ouvir apupos e assobios, pois pediram-lhe para avaliar diversos objectos e compararam, imediatamente com as avaliações feitas na loja uns dias antes. O homem, se pudesse, tinha-se sumido pelo «palco abaixo». Outro dos momentos mais antigos da carreira de Raul Solnado que recordo é a rábula do «bombeiro voluntário». Curiosamente, Raul Solnado começou a fazer teatro na Sociedade Guilherme Cossoul. Ora, este cidadão francês foi um dos fundadores da primeira associação humanitária de bombeiros criada em Portugal. Dizem as crónicas que, a 18 de Setembro de 1868, numa reunião de amigos em que participava Guilherme Cossoul, foi decidido dar corpo a uma associação de bombeiros voluntários. O Maestro foi não só fundador, mas também o primeiro comandante da Associação de Bombeiros Voluntários de Lisboa, a mais antiga do País, hoje sedeada no Largo Barão Quintela, ao Camões. Chegou mesmo a receber do então Chefe de Estado, D. Luís, o título de «capitão-chefe dos bombeiros da Freguesia dos Mártires». Há quem diga que a tal reunião de amigos, na fármacia dos irmãos Azevedo, era um encontro da Loja Maçónica «Humanidade» e que a frase usada durante anos e anos pelos bombeiros no final dos ofícios - «A Bem da Humanidade» - tinha um duplo sentido: um humanístico de «bem fazer» sem olhar a quem e outro de referência à origem do grupo fundador da primeira associação de bombeiros.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Bem conduzida ou mal conduzida?

O tema gera sempre polémica e quem tem ideias feitas - de um lado ou de outro - dificilmente abdica delas. De vez em quando lá surge mais uma novidade sobre a descolonização. Desta feita é um livro da jornalista Leonor Figueiredo, no qual dá conta de coisas menos próprias que, segundo a autora, se passaram. Ao passar pela TVI, consegui «apanhar» uma frase em que a entrevistada criticava alguém que teria dito que, afinal a descolonização não teria sido assim tão má. E será que foi? Bom, poderia ter sido muito melhor se tivesse sido feita, pelo menos, 15 anos antes. Um país que vive uma revolução interna e, mesmo assim, consegue integrar quase um milhão de pessoas entre refugiados e retornados à sua terra natal, apesar de todas as vissicitudes, dramas, desesperos e lamentos, fez o que foi possível fazer nas circunstâncias objectivas do momento. Tenho toda a simpatia para com as pessoas que viram a sua vida desorganizada, perderam familiares e bens, tiveram de começar de novo, muitas vezes a partir do zero. Tenho, na verdade, como tenho por todas as pessoas que, independentemente das circunstâncias passaram pelo mesmo. Mas, custa-me que nestas obras se esqueçam, quase sempre, os milhares e milhares de portugueses que durante catorze anos foram obrigados a sair da sua terra, a interromper os seus estudos ou o emprego, a deixar pais, esposas e filhos. Sem falar dos que não voltaram pelo seu próprio pé ou que regressaram incapacitados. Vamos ser justos, os dramas vividos por quem teve de regressar de África foram reais e lamentáveis, mas não foram só eles que perderam com a teimosia de querer manter o Império para além do que seria, historicamente razoável. Todo o país perdeu. E quando, finalmente o país acordou, já era tarde para que o processo fosse diferente do que foi.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Enfim, tudo se resume aos vencimentos...

Os sindicatos da PSP rejeitam o novo estatuto. Querem mesmo ir fazer «queixinhas» ao Presidente da República... Pudera, se o dos magistrados se lá foi queixar, não há razão para que os polícias também não o façam. Estes sindicalistas, porém, confudem reivindicações salariais com o seu papel enquanto profissionais de uma força de segurança. Já há bem pouco tempo se assistiu, com surpresa, a declarações de um deles junto do local onde, pouco tempo antes, dois colegas tinham sido atacados por um bando que lhes fez uma espera. Com este tipo de atitude, depois queixam-se de não serem levados a sério pelos prevericadores da Lei. Claro que a comunicação social pela-se por este tipo de entrevistas, tendo como pano de fundo os nossos «CSI» a fazerem o seu trabalho.
Não me parece que seja por causa dos vencimentos que, por vezes, a atitude dos polícias é tão passiva. É mais uma questão de atitude e formação. Os tiques «militaristas» da formação dos polícias não foi, ainda, substituída pelas questões «cívicas». Ele é muita espadeirada, muita continência, muito marchar e fazer manobras com G3, etc. E, depois, assiste-se a cenas como, por exemplo, um automóvel no meio da cidade em dificuldades, atravancando o trânsito, e o carro patrulha da Divisão de Trânsito a passar ao lado como «cão em vinha vindimada». Infelizmente, a atitude dos sindicalistas da polícia contribui, se querer (será sem querer?), para dar força aos que defendem que as forças de segurança não devem ter direito a sindicatos. Na verdade, eles falam de tudo e mais alguma coisa, inclusivé de assuntos técnicos da responsabilidade da hierárquia. Assim é difícil.

E se fosse ao contrário?

Não tenho qualquer simpatia pelo que se passa na Coreia do Norte. Fiquei, obviamente agradado com os esforços que os americanos fizeram para libertar as duas jornalistas de origem asiática que trabalham para a televisão de Al Gore e que estavam detidas naquele país. Acho mesmo que a ida de Bill Clinton só foi possível porque o Texano já está reformado. Porém, a comunicação social, sempre tão pronta a debitar «detalhes», não se estendeu muito a explicar a razão pela qual os norte-coreanos tinham lá as duas mulheres. Com certeza que não foram buscá-las, nem aos Estados Unidos, nem à vizinha Coreia do Sul. Segundo parece, terão entrado no país sem autorização e foram apanhadas.
Ora, o que é que aconteceria se dois norte-coreanos «de origem caucasiana» fossem apanhados nos Estados Unidos sem autorização? Naturalmente seriam detidos, julgados e condenados. Dúvido que os esforços que se fizessem para os libertar teriam a cobertura mediática que este caso teve. Dois pesos e duas medidas? Claro que sim, em tudo, só depende dos protagonistas. Aliás, porque será que os presos de uns países são tratados por «reclusos» e de outros por «prisioneiros»?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Vai ter um lindo «enterro», vai...

Com que então a «tia» correu com os que não gostam dela... Pois, pois, se tiver azar nas eleições, bem pode pedir a reforma, que eles fazem-lhe «a folha». É o que dá querer fazer de «bruxa má»... E o «grilo falante»? Nunca mais deu «as caras»... Deve andar entretido lá em Bruxelas a preparar-se para o «assalto» ao Poder! Será por causa dele que o Passos Coelho foi afastado?

Como começar...


Esta era uma ideia que vinha prosseguindo há bastante tempo.

Não terei muito a comunicar. Mas, por vezes, a vontade de desabafar isto e aquilo face às imbecilidades que se vão ouvindo e lendo é muita...

Vamos ver no que isto dá (e aquilo, também...).
Rebuscando as memórias, começo por esta imagem que me «perseguiu» durante anos e anos. O «Niassa» é de má memória para tantos das gerações antes da minha, que, um dia, se viram embarcados numa viagem para a qual nem sempre houve «bilhete de volta». Mas para mim, este navio - que não teve culpa alguma quanto à utilização que lhe deram - representa os 22 anos nos quais só via o meu pai, umas vezes de mês a mês, outras de dois em dois meses, outras, ainda, só ao fim de seis meses, conforme o local do globo onde era «necessário» deixar os jovens transformados em militares...
Embora a memória colectiva às vezes pareça curta, nunca é de mais salientar que, felizmente a minha geração foi a última a embarcar...
Ambos, o «Niassa» e o tripulante que mais tempo nele andou embarcado, já não existem, excepto na memória de quem os recordam com saudade.