De vez em quando há episódios que permitem aos generais e almirantes na reforma dizerem «o que lhes vai na alma». Desta vez é a propósito do navio russo que, afinal, parece que já foi descoberto perto de Cabo Verde pela Marinha russa. O antigo CEMA, Vieira Matias, disse que é um desperdício a Marinha e a GNR terem funções parecidas no que respeita às águas territoriais e à costa. Acho que tem razão! A Marinha faz fiscalização através da Polícia Marítima e a GNR através da Unidade de Controlo Costeiro. Consta, mesmo, que já terá havido situações bastante caricatas em ambas as forças, do tipo «não é connosco, é com eles...». Mas, não me parece que a nossa Marinha esteja totalmente preparada para as funções de Guarda Costeira, tal como existem noutros países, mesmo na Europa. E era capaz de ser uma aposta interessante, dada a extensão das águas territoriais portuguesas e a exiguidade em meios da nossa Marinha para participar em grandes confusões internacionais (felizmente...). Desde que a coordenação fosse conseguida ( e aí é que está o busílis...), com a Marinha/Guarda Costeira no mar e a GNR na costa, a eficácia poderia aumentar. Mas, a Marinha e a GNR são superiormente comandadas por almirantes e generais que gostam pouco de abdicar dos seus pergaminhos. É ver o que pensam das alterações nas estruturas militares e na GNR. Não dizem alto (para isso têm os sindicalistas...), mas...
Falar deste assunto a propósito do navio russo supostamente desaparecido, é que me pareceu desajustado por parte do almirante Vieira Matias, pois dúvido que os navios estrangeiros que passam ao largo estejam «ao alcance» da GNR.
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
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