quinta-feira, 6 de agosto de 2009

E se fosse ao contrário?

Não tenho qualquer simpatia pelo que se passa na Coreia do Norte. Fiquei, obviamente agradado com os esforços que os americanos fizeram para libertar as duas jornalistas de origem asiática que trabalham para a televisão de Al Gore e que estavam detidas naquele país. Acho mesmo que a ida de Bill Clinton só foi possível porque o Texano já está reformado. Porém, a comunicação social, sempre tão pronta a debitar «detalhes», não se estendeu muito a explicar a razão pela qual os norte-coreanos tinham lá as duas mulheres. Com certeza que não foram buscá-las, nem aos Estados Unidos, nem à vizinha Coreia do Sul. Segundo parece, terão entrado no país sem autorização e foram apanhadas.
Ora, o que é que aconteceria se dois norte-coreanos «de origem caucasiana» fossem apanhados nos Estados Unidos sem autorização? Naturalmente seriam detidos, julgados e condenados. Dúvido que os esforços que se fizessem para os libertar teriam a cobertura mediática que este caso teve. Dois pesos e duas medidas? Claro que sim, em tudo, só depende dos protagonistas. Aliás, porque será que os presos de uns países são tratados por «reclusos» e de outros por «prisioneiros»?

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